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Justiça Divina: como funciona? 4 frases de justiça de Deus

Todos nós já ouvimos falar sobre a justiça divina.

Mas, afinal, você sabe do que se trata?

Se você acredita que é algo místico, este artigo vai mudar o seu pensamento para sempre.

Não deixe, portanto, de acompanhar este conteúdo que preparamos sobre a justiça de Deus.

Boa leitura!

Justiça Divina: o que é?

Justiça é a característica do que é justo.

Divina é proveniente de Deus.

Assim, a Justiça Divina é a consequência dos atos fundamentada no código divino, ou seja, na lei de Deus.

A lei de Deus, também conhecida como lei natural, é eterna e imutável, e está escrita na consciência do ser.

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Deus é justo

Deus, causa primária de todas as coisas, é infinitamente bom e justo.

Sua justiça é baseada na igualdade absoluta da criação dos Espíritos.

Ou seja, todos os Espíritos foram criados iguais, simples e ignorantes, com a capacidade de evoluir.

Todos, portanto, estão sujeitos às mesmas leis.

Deus não cria o mal.

O mal acontece por culpa da nossa ignorância.

Ele apenas permite a existência do mal porque tem um objetivo maior.

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Como funciona a Justiça Divina?

Para explicar o funcionamento da Justiça Divina, vamos a um exemplo:

Quando uma criança morre, cometemos o equívoco de acusar Deus pela falta de justiça.

Afinal, na nossa visão, um ser inocente e indefeso não deveria sofrer.

Mas nos esquecemos de que aquela criança é um Espírito que já teve outras vidas.

O que acontece em sua nova reencarnação é fruto dos seus atos como Espírito.

Muitas vezes, aliás, é o próprio Espírito quem determina o seu fardo como uma forma de se redimir pelos erros passados.

Essas consequências naturais, sem intermediários, fazem parte da Lei de Causa e Efeito, em que toda ação tem uma reação.

E a única forma de cessar a “penalidade” imposta é se arrependendo e reparando a falha.

Leia também: O Consolador (Chico Xavier): Mensagem Espírita

Justiça de Deus e o Espiritismo

O Espiritismo vem esclarecer a justiça de Deus.

No livro O Céu e o Inferno, uma das obras da codificação espírita, Kardec menciona:

“É nestas circunstâncias que o Espiritismo vem opor um dique à difusão da incredulidade, não somente pelo raciocínio, não somente pela perspectiva dos perigos que ela acarreta, mas pelos fatos materiais, tornando visíveis e tangíveis a alma e a vida futura..”

De acordo com a doutrina, estamos em uma jornada evolutiva.

Somos Espíritos imperfeitos em busca da purificação.

Só atingiremos a felicidade plena quando conquistarmos um grau de adiantamento elevado por razão dos nossos méritos morais e intelectuais.

Leia também: Doutrina Espírita para iniciantes: conceitos básicos e 5 livros confiáveis para começar

Justiça de Deus no livro “Céu e Inferno”

No livro O Céu e o Inferno, Kardec retrata a justiça de Deus e explica como as consequências que recaem sobre nós são fruto dos nossos atos.

O Espírito tem uma bagagem e, nós, nessa reencarnação atual, não nos lembramos do que já vivemos, mas podemos ter certeza de que não somos seres inocentes.

Estamos aqui, nesse planeta de provas e expiações, para corrigir nossas imperfeições.

E, além do passado, o código penal também vale para a vida futura.

Na obra, Kardec explica que céu e inferno são estados de consciência.

Isso quer dizer que a morada no plano espiritual depende dos atos praticados na Terra e dos fardos que o indivíduo carrega.

Para o Espiritismo, o céu é o compromisso com o bem.

É o lugar de quem pratica o bem e segue os ensinamentos de Jesus Cristo.

O inferno, por sua vez, diz respeito às mazelas morais.

Ou seja, é a morada provisória de quem perpetua o mal.

Os Espíritos que habitam o Umbral, como é chamado o plano espiritual inferior, estão ali de passagem.

Essa região é de dor e sofrimento.

Mas isso não significa que Deus queira nos atormentar.

Essas condições servem para a evolução espiritual.

Por isso é que o Umbral é transitório.

O indivíduo passa por ele como consequência dos seus atos, mas pode se regenerar e mudar para uma esfera superior.

Leia também: Umbral: o que é e para que serve, na visão do Espiritismo?

Reflexão: A justiça divina e a justiça dos homens

Como vimos no começo deste artigo, o conceito de justiça é um só.

Mas é importante ter em mente que a justiça Divina e a justiça dos homens procede de maneiras distintas.

A Divina, como vimos, segue a Lei de Deus.

Já a dos homens é estabelecida em princípios legais criados pela Humanidade.

Além disso, a sentença é determinada por um intermediário, que é o juiz.

Evidentemente, para a vida na Terra, precisamos de definições e penalidades deste tipo para que não se instaure o caos.

Afinal, como o nosso planeta é de provas e expiações, os Espíritos que aqui habitam são imperfeitos e há predominância do mal.

Na justiça dos homens, os pensamentos são concentrados na vida presente.

É aquela máxima de que “aqui se faz, aqui se paga”.

Mas a verdade é que a justiça extrapola os limites terrestres.

A sentença que não é cobrada nessa vida é levada junto com o Espírito.

Ou seja, quem é absolvido pela lei dos homens não é inocentado pela lei divina.

Embora a justiça dos homens seja fundamental, ela não supera a justiça divina.

Leia também: O Perdão faz bem! Mas, como perdoar? 4 livros que te ajudarão

4 frases de justiça divina – segundo o Espiritismo

A essa altura, não restam dúvidas de como a justiça divina funciona, certo?

Agora que você já compreende a dinâmica, que tal ver quatro frases e suas explicações sobre o assunto?

Garantimos que as mensagens valem a pena.

Veja só:

1. “Pelo Espiritismo, o homem sabe de onde vem, para onde vai”

No capítulo 1 do livro “A Gênese”, Kardec afirma: “Pelo Espiritismo, o homem sabe de onde vem, para onde vai, por que está na Terra, por que sofre temporariamente e vê por toda parte a justiça de Deus.”

A Doutrina Espírita é o consolador prometido por Jesus Cristo.

Ela veio para lembrar dos ensinamentos do Salvador e esclarecer os assuntos que não puderam ser abordados pela imaturidade do homem.

Assim, o Espiritismo nos ensina que a vida continua após a morte e que os Espíritos reencarnam em busca da evolução.

Essa consciência, sem dúvida, é importante para entendermos as provas às quais somos submetidos e como nossas ações influenciam o destino dos Espíritos.

2. “O Espírito sofre pelo próprio mal que fez”

No livro O Céu e o Inferno, o codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, diz que “O Espírito sofre pelo próprio mal que fez, de maneira que sua atenção estando incessantemente concentrada nas consequências desse mal, ele compreenda melhor seus inconvenientes e seja motivado a corrigir-se.”

É um pouco do que já falamos neste artigo.

Toda causa tem um efeito.

Se o mal é praticado, a reação vem na mesma intensidade.

É importante, portanto, fazer uma reforma íntima para corrigir os nossos comportamentos destrutivos.

3. “A Terra é a grande escola das almas em que se educam alunos de todas as idades”

Esta frase é do Espírito Emmanuel, psicografada pelo médium Chico Xavier, no livro Doutrina e Aplicação.

Ele complementa a fala com outras mensagens muito valiosas, como essa: “Dá sempre o bem pelo mal, a verdade pela mentira e o amor pela indiferença”.

Ou seja, estamos aqui para evoluir e, para isso, precisamos praticar o bem, independentemente das circunstâncias que são impostas a nós.

4. “Não descreiais do Amparo Divino”

Bezerra de Menezes também tem uma frase muito marcante sobre a justiça divina.

O médico dos pobres nos presenteou com esse ensinamento: “Não descreiais do Amparo Divino, através dos amigos do Mais Alto, que não vos deixam a sós com as vossas provas.”

O que Bezerra quis dizer com isso é que Deus sempre nos ampara em nossa caminhada.

Ainda que tudo pareça uma tormenta, Ele está ao nosso lado, mostrando os caminhos e fornecendo as ferramentas necessárias.

É importante lembrar que tudo o que passamos aqui na Terra é essencial para o nosso aprendizado e adiantamento.

Por isso, devemos encarar os obstáculos com força e determinação, na certeza de que eles servem para o nosso bem.

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Conclusão

E, então, ficou claro o que é a Justiça Divina?

Como vimos neste artigo, a justiça de Deus é baseada na Lei de Causa e Efeito.
Toda ação tem uma reação e as consequências dos atos praticados recaem sobre o Espírito.
Por isso, ainda que a justiça dos homens se faça necessária, a Justiça Divina é superior a ela.

Lembre-se sempre de que Deus é infinitamente bom e justo.
Ele não cria o mal.

Não se esqueça também de que a Terra é um planeta de provas e expiações, e se você reencarnou aqui, é porque tem algo para corrigir e precisa evoluir.

Portanto, apoie-se no bem e na caridade para se redimir dos seus erros e buscar o seu grau de adiantamento.
Ore bastante e peça a Deus que tenha misericórdia e conceda a força necessária para seguir em frente.
Certamente, com isso, as dificuldades serão mais leves de serem enfrentadas.

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