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Mulheres espíritas inspiradoras: notáveis mulheres do Espiritismo

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O que você sabe sobre as mulheres espíritas? Consegue lembrar agora o nome de algumas delas?

Se a resposta for negativa, é hora de mudar isso.

Allan Kardec, Léon Denis, Bezerra de Menezes, Chico Xavier e Divaldo Franco são alguns dos nomes mais conhecidos do Espiritismo.

Ainda que eles tenham atingido tamanha expressividade, sendo lembrados com frequência por seus feitos, o cenário espírita não é tomado pelos homens.

Há também grandes mulheres à frente da construção e disseminação da Doutrina Espírita.

E é sobre elas que trataremos neste artigo.

Continue acompanhando até o final.

Mulheres espíritas: coragem e espírito inovador

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As mulheres espíritas são verdadeiros exemplos inspiradores.

Todas elas, em suas participações no cenário espírita, mostraram muita coragem e espírito inovador, contrariando preconceitos e estereótipos existentes.

Algo, aliás, que não deveria existir, como ensina a Doutrina Espírita.

A condição de mulher ou homem é apenas uma maneira de experienciar a existência humana rumo à evolução:

“(…) O corpo não é mais que uma forma tomada por empréstimo; a essência da vida é o espírito, e nesse ponto de vista o homem e a mulher são favorecidos por igual. Pelo Espiritismo se subtrai a mulher do vértice dos sentidos e ascende à vida superior. Cessa, desde então, a luta entre os dois sexos. As duas metades da Humanidade se aliam e se equilibram no amor, para cooperarem juntas no plano providencial, nas obras da Divina Inteligência.” (Do livro: No Invisível, de Léon DENIS, 1973, p.78-80)

O que é uma mulher espírita?

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Quando perguntado por Kardec se as funções a que a mulher é destinada pela natureza teriam importância tão grande quanto as deferidas ao homem, os espíritos disseram: “Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida” (Livro dos Espíritos, pergunta nº 821)

Ainda assim, ao longo do tempo, as mulheres foram discriminadas em relação aos homens.

Mas a luta para quebrar todas as barreiras sempre esteve presente, inclusive no cenário espírita.

Muitas mulheres seguiram firmes em seus propósitos e transformaram a sociedade e o Espiritismo com suas contribuições.

Chamamos elas de “mulheres espíritas”.

7 Mulheres pioneiras no Espiritismo

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Se até hoje as mulheres enfrentam o preconceito, imagina só como era em épocas remotas.

O pensamento retrógrado afetava o público feminino de maneiras diversas, inclusive com relação à mediunidade e a espiritualidade.

Lidar com essas questões era um fardo, mas as mulheres espíritas resistiram e contribuíram significativamente para a evolução da humanidade.

A seguir, você confere algumas das mulheres pioneiras no Espiritismo:

1. Amélie Gabrielle de Lacombe Boudet Rivail (Senhora Kardec)

Amélie Gabrielle de Lacombe Boudet Rivail

Dentre as mulheres pioneiras no Espiritismo, Amélie Gabrielle Boudet (Thiais, Departamento do Sena, 23 de novembro de 1795 – Paris, 21 de janeiro de 1883), também conhecida como Madame Rivail, figura no início da lista.

Isso porque a esposa de Allan Kardec ajudou o professor na codificação da Doutrina Espírita.

Ela o acompanhou em todas as investigações que deram origem às obras, desde o fenômeno das mesas girantes.

E, após a morte de Kardec, Amélie continuou o legado do professor, participando ativamente da divulgação do Espiritismo.

Ela, inclusive, fundou a “Sociedade Anônima do Espiritismo“, que, em 1973, foi rebatizada de “Sociedade para a Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec”.

2. Senhora Plainemaison

Assim como Amélie, a Senhora Plainemaison antecede à codificação da Doutrina Espírita e contribui significativamente para a construção do Espiritismo.

Na época das mesas girantes, ela organizava sessões espíritas em sua casa.

Allan Kardec comparecia frequentemente às reuniões durante os seus estudos sobre os fenômenos.

A Senhora Plainemaison, portanto, ajudou a induzir as pesquisas.

3. Aline Carlotti

Outro nome feminino que teve impacto na codificação espírita e, consequentemente, na história do Espiritismo, é Aline Carlotti.

Aline era médium de psicografia e psicofonia na época em que Allan Kardec investigava as manifestações do mundo espiritual.

Em razão da sua mediunidade, serviu de intermediária para que o Espírito da Verdade confirmasse ao professor Rivail a importância de sua missão.

4. Yvonne do Amaral Pereira

Yvonne do Amaral Pereira

No Brasil, também temos grandes mulheres expoentes do Espiritismo, como Yvonne do Amaral Pereira (Rio das Flores, 24 de dezembro de 1900 – Rio de Janeiro, 9 de março de 1984).

Ela foi uma das mais respeitadas médiuns brasileiras e autora de romances espíritas psicografados.

A principal obra dela foi “Memórias de um Suicida”, atribuída aos espíritos Camilo Castelo Branco e Léon Denis.

5. Marlene Nobre

Marlene Nobre

Outra brasileira conceituada no universo espírita é Marlene Nobre (Severínia, 1937 – Ilhabela, 05 de Janeiro de 2015).

A médica desenvolveu um belíssimo trabalho à frente da Associação Médico-Espírita e como fundadora e presidente do Grupo Espírita Caibar Schutel.

Marlene também era conferencista e uma das principais lideranças do Movimento Espírita no País, além de ser autora de vários livros, como a obra Chico Xavier, meus pedaços do espelho.

6. Zilda Gama

Zilda Gama (Três Ilhas, em 11 de março de 1878 – Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 1969) foi uma das maiores médiuns brasileiras.

No país, ela foi pioneira em psicografias para a literatura espírita.

Chegou até mesmo a receber uma mensagem de Allan Kardec.

Além do seu papel importante no Espiritismo, Zilda Gama também teve forte influência no movimento feminino, tendo lutado pelo direito ao voto das mulheres.

7. Amélia Rodrigues

Amélia Rodrigues (Santo Amaro da Purificação, 26 de maio de 1861 — Salvador, 22 de agosto de 1926) foi educadora, teatróloga e importante escritora da época.

Escreveu poemas como “Religiosa Clarisse” e “Bem me queres”.

Mesmo após o seu desencarne, Amélia Rodrigues continuou escrevendo com o intermédio de Divaldo Franco.

Tornou-se assim uma das poetisas espíritas mais conhecidas.

Espíritos de luz: vultos femininos

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Além das mulheres que contribuíram com o Espiritismo em suas encarnações, também temos as que ajudam do plano espiritual.

Conheça alguns desses espíritos de luz:

Joanna de Ângelis

Joanna de Ângelis

Joanna de Ângelis tornou-se conhecida por meio da mediunidade de Divaldo Franco.

Ela se apresentou ao médium, inicialmente, como um espírito amigo.

Depois de alguns anos, finalmente se identificou e, com o intermédio de Divaldo, publicou livros e compartilhou mensagens valiosas.

Em suas reencarnações, Joanna de Ângelis teria sido Joana de Cusa, Santa Clara de Assis, Juana Inés de La Cruz e Joanna Angélica de Jesus.

Irmã Scheilla

Irmã Scheilla

A Irmã Scheilla é um espírito benfeitor conhecido pelo seu trabalho de cura espiritual realizado nos dois planos.

A Enfermeira do Alto, como é chamada, tem duas encarnações reveladas.

A mais antiga, como a baronesa Joana Francisca Frémiot, que foi canonizada pela Igreja Católica como Santa Joana de Chantal.

E a mais recente como Scheilla, uma enfermeira que viveu durante a Segunda Guerra Mundial.

Scheilla também é o espírito por trás de livros publicados como Novas Mensagens – De Scheilla para Você e A mensagem do dia, ambos psicografados por Clayton B. Levy.

Meimei

Meimei

Meimei é o pseudônimo de Irma de Castro Rocha (Mateus Leme, 22 de outubro de 1922 – Belo Horizonte, 1 de outubro de 1946), uma educadora que foi casada com Arnaldo Rocha.

Meimei enviou a sua primeira mensagem psicografada através de Chico Xavier após 50 dias do seu desencarne.

Depois disso, continuou se manifestando, contribuindo com a publicação de livros como Pai Nosso, Amizade, Palavras do Coração, Cartilha do bem, Evangelho em Casa, Deus Aguarda e Mãe.

Em suas encarnações conhecidas, Meimei teria sido a princesa Mabi, que viveu no século VIII a.C, e Blandina, personagem do livro Ave, Cristo!, de Chico Xavier.

Auta de Souza

Auta de Souza

Auta de Souza (Macaíba, 12 de setembro de 1876 – Natal, 7 de fevereiro de 1901) foi uma poetisa brasileira da segunda geração romântica.

Aos 24 anos, lançou seu primeiro livro intitulado “Horto”, uma obra que fez bastante sucesso na época.

Pouco tempo depois da publicação, Auta de Souza desencarnou em razão de uma tuberculose.

Mesmo do outro plano, ela continuou escrevendo, tornando-se uma poetisa espírita.

Além da contribuição de suas obras, Auta de Souza também tem participação no trabalho realizado pela Mansão do Caminho, instituição fundada e administrada por Divaldo Franco.

Foi ela quem orientou a criação da Caravana, uma das atividades mais antigas da casa, que atende hoje cerca de 500 pessoas.

Mensagem espírita Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é uma data comemorativa que simboliza a luta histórica das mulheres por respeito e igualdade.

Diante disso, como mensagem de reflexão, temos a explicação dos Espíritos em O Livro dos Espíritos (pergunta 822):

“A lei humana, para ser justa, deve consagrar a igualdade de direitos entre o homem e a mulher; todo privilégio concedido a um ou a outro é contrário à justiça. A emancipação da mulher segue o progresso da civilização, sua escravização marcha com a barbárie. Os sexos, aliás, só existem na organização física, pois os Espíritos podem tomar um e outro não havendo diferenças entre eles a esse respeito. Por conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos”.

Conclusão

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Como vimos neste artigo, temos mulheres notáveis e inspiradoras à frente da construção e disseminação da Doutrina Espírita.

Todas elas foram essenciais para que o Espiritismo alcançasse a forma e a importância que tem hoje.

Nossos sinceros agradecimentos a cada espírito benfeitor que fez e continua fazendo a diferença no progresso da humanidade.

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