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A Morte segundo o Espiritismo: vida após a morte. Como lidar com o luto?

A Morte segundo o Espiritismo

Você sabe qual é a visão da morte, segundo o Espiritismo?

A morte do corpo físico é uma das poucas certezas que nós temos na vida aqui na Terra.

Ainda assim, esse sempre foi um tema muito discutido e de difícil aceitação pela humanidade. Ninguém quer perder a vida ou a de um ente querido.

Uma das razões para tanta dor é o desconhecimento da maioria das pessoas do que acontece após a morte.

A doutrina espírita, por sua vez, através das muitas informações sobre a desencarnação, consola e responde aos milhões de corações que a vida continua.

Esse é o tema do nosso artigo.

Acompanhe as próximas linhas.

Como a morte é vista no Espiritismo?

A Morte segundo o Espiritismo

No túmulo de Allan Kardec, em Paris, na França, há uma belíssima frase, que, traduzida, quer dizer:

“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei”.

A mensagem resume com perfeição os princípios do Espiritismo.

Que são: a morte não é o fim, a vida prossegue e a evolução é alcançada através das várias reencarnações a que estamos sujeitos, melhorando-nos a cada etapa.

O significado da morte no Espiritismo

Para o Espiritismo, a morte não é o fim da vida porque apenas o corpo físico é que perece.

O espírito, por sua vez, retorna ao plano espiritual, continuando a viver e planejando seu retorno à Terra.

Por isso, os espíritas costumam dizer que a pessoa desencarnou, ou seja, deixou a carne.

Fazer a passagem” é outra expressão bastante usada pelos adeptos da doutrina.

Afinal, quando o corpo morre, o espírito que estava ligado àquele corpo só passa para o outro lado, o do mundo espiritual.

Como é morrer? O que acontece após a morte?

vida apos a morte

Uma das nossas maiores dúvidas é o que vem depois da morte.

Quando a pessoa morre, o que acontece com o espírito?

Com a morte, o espírito apenas se desprende do corpo físico e retorna para o plano espiritual.

A alma, outro nome usado para designar o espírito, conserva a sua individualidade mesmo após o desencarne.

Por que morremos?

A vida na Terra é, na verdade, uma existência temporária, com início, meio e fim do corpo que é o veículo de nossa manifestação na Terra..

O corpo constitui um instrumento precioso que o espírito utiliza para progredir.

A morte, portanto, é uma etapa dessa incrível experiência pela vida material.

Quem morre consegue nos ver?

Após desencarnar, o espírito passa por um período de recuperação.

Depois de harmonizado no plano espiritual, ele pode receber autorização para visitar seus entes queridos encarnados.

Entretanto, é importante saber que o espírito tem obrigações no mundo espiritual e precisa seguir sua vida normalmente no lado de lá.

A vida espírita é uma ocupação contínua, mas que nada tem de penosa, como a vida na Terra, porque não há fadiga corporal, nem as angústias das necessidades, conforme questão de nº 558 de “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec.

Processo de luto

luto A Morte segundo o Espiritismo

Cada indivíduo reage de maneira singular à separação e à perda.

Para alguns, talvez a maioria, o processo pode ser doloroso e complexo de lidar.

Alguns choram, ficam tristes, com raiva e ansiosos.

Outros, por sua vez, reprimem as emoções.

O processo de luto é formado por sete etapas: a da saudade, da tristeza, da negação, da raiva, da barganha, da depressão e da aceitação. Essas fases foram apresentadas pela Dra. Elisabeth Kübler-Ross em seu interessante livro: “Sobre a morte e o morrer”.

As fases não seguem uma ordem cronológica e tampouco todas são cumpridas.

Seja qual for o fluxo, o luto é um sentimento que precisa ser respeitado para ser superado.

Ele também está relacionado à evolução dos espíritos encarnados.

O problema do luto é quando ele se estende por muito tempo e o indivíduo não consegue retomar a vida na Terra.

Além de retardar o seu progresso espiritual, o enlutado também pode atrapalhar a evolução do espírito desencarnado.

Nesses casos em que o luto é persistente, é recomendado apoio médico especializado e terapeutica espiritual, como passes, água fluidificada e o estudo do Evangelho no Lar.

Para quem está em luto é importante lembrar que a morte não é o fim e o encontro com aquele que partiu se dará em breve.

Além disso, a morte de um ente querido é também uma prova ao espírito que continua encarnado.

Como é a vida após a morte, segundo o Espiritismo?

Como é a vida após a morte, segundo o Espiritismo?

Até aqui, você já sabe que a vida continua mesmo após a morte, certo?

Mas, e como as coisas funcionam do outro lado?

Bem, o Espiritismo responde essas questões.

Para onde vamos quando morremos? O que acontece quando desencarnamos?

Segundo Allan Kardec, a alma não tem consciência imediata da morte e fica em estado de perturbação.

O tempo nessa condição varia entre cada espírito, conforme explica em O Livro dos Espíritos:

  • 164. A perturbação que se segue à separação da alma e do corpo é do mesmo grau e da mesma duração para todos os Espíritos?

R: “Depende da elevação de cada um. Aquele que já está purificado se reconhece quase imediatamente, pois que já se libertou da matéria durante a vida do corpo, enquanto que o homem carnal, aquele cuja consciência ainda não está pura, guarda por muito mais tempo a impressão da matéria.”

Embora o termo “perturbação” soe como algo negativo, o estado é mais um momento de despertar do que uma situação de sofrimento.

Após reconhecer o seu lugar, o espírito que retorna ao plano espiritual, passa a viver na erraticidade, na morada compatível à sua consciência.

Segundo a doutrina espírita, céu e inferno representam estados de consciência.

O céu é o compromisso com o bem, ou seja, o deleite no ato de praticar o amor e seguir os ensinamentos do Evangelho.

O inferno, por sua vez, contempla as mazelas morais e a predominância do mal.

Ainda que o espírito seja direcionado a uma região espiritual condizente com essas características, as moradas costumam ser temporárias.

Uma vez habitante de uma esfera inferior, o espírito tem a possibilidade de mudar de vibração energética.

O que diz o Livro dos Espíritos sobre a morte?

Em O Livro dos Espíritos, Kardec destina uma parte exclusiva para tratar sobre a vida e a morte.

Duas das perguntas feitas aos espíritos ajudam a esclarecer o que acontece quando o corpo padece:

  • 68. Qual a causa da morte dos seres orgânicos? Poder-se-ia comparar a morte à cessação do movimento de uma máquina desorganizada?
    R: “Esgotamento dos órgãos. Sim; se a máquina está mal montada, cessa o movimento; se o corpo está enfermo, a vida se extingue.”
  • 70. Que é feito da matéria e do princípio vital dos seres orgânicos, quando estes morrem?
    R: “A matéria inerte se decompõe e vai formar novos organismos. O princípio vital volta à massa donde saiu.”

O princípio vital é o fluido que animaliza o corpo, ou seja, é o combustível da vida orgânica na Terra.

A imortalidade da alma

vida apos a morte

Se o espírito sobrevive à morte, isso quer dizer que a alma é imortal, certo?

Deus, causa primária de todas as coisas, criou o Universo com perfeição.

Uma de suas criações são os espíritos, aos quais Ele deu a oportunidade da vida eterna.

Isso, no entanto, não quer dizer que permanecemos sempre no mesmo patamar.

Tudo é favorecido para que aconteça nossa evolução espiritual. O progresso sempre se cumprirá no íntimo de cada um de nós.

Existe reencarnação?

vida apos a morte

A reencarnação é um dos princípios básicos do Espiritismo.

Seu conceito está relacionado à ideia de que o espírito volta ao mundo físico ocupando um novo corpo em busca da continuidade do seu progresso espiritual.

Ou seja, o espírito encarna novamente para corrigir suas falhas e alcançar a perfeição.

Existem diversas provas de reencarnação.

A reencarnação, conforme descrita em “O Livro dos Espíritos” – Parte Segunda, capítulo IV é uma experiência incrível proporcionada ao espírito, que vai experimentar uma transformação pelas provas e expiações que irá passar, constituindo-lhe além de uma necessidade provocando um melhoramento progressivo da Humanidade..

Vale dizer que podemos reencarnar várias vezes no nosso planeta atual e em mundos espirituais distintos, de acordo com o nosso grau de adiantamento.

A Terra, por exemplo, é um planeta em que ainda predomina o mal. Mas também isto é temporário e em breve passaremos a viver em um mundo de regeneração onde os bons superarão os maus e estes terão vergonha de praticar más ações.

Os espíritos que reencarnam aqui para reparar as suas falhas dão um passo para adiante na senda do progresso e desde que se ache limpo de todas as impurezas (imperfeições) não terão mais necessidade de aqui permanecerem.

É o caso do Dr. Bezerra de Menezes que já recebeu sua carta de alforria da Terra, mas decidiu permanecer aqui até a última lágrima de seus habitantes.

Existem outros mundos inferiores e superiores à Terra, pois Deus jamais cessou de criar

Quanto tempo é necessário para reencarnar?

Quando morremos, o nosso espírito volta para o plano espiritual.

Lá, ele trabalha pela sua evolução planeja e aguarda a oportunidade de reencarnar.

Não existe um tempo certo para o retorno.

Tudo depende dos planos de Deus assim como das necessidades espirituais de cada um. E Deus não desampara nenhuma de suas criaturas.

Sempre haverá novas oportunidades para todos de acordo com seus méritos e esforços para se melhorar.

Embora o espírito espere a sua vez de reencarnar, no plano espiritual ele continua progredindo através das tarefas específicas recebidas de acordo com seu grau de responsabilidade e desejos de progredir

Suicídio e a visão do Espiritismo

vida apos a morte

Algumas religiões acreditam que os suicidas estão fadados ao inferno.

Para o Espiritismo, não existem sofrimentos eternos nem locais de trevas intermináveis.

Os suicidas são amparados por outras entidades espirituais e encaminhados para regiões de tratamento das marcas deixadas no seu perispírito pelos atos praticados.

No livro: Nosso Lar (Chico Xavier / André Luiz) é descrita uma região onde são acolhidos os suicidas o Umbral – um plano astral de baixo padrão vibratório, e no livro “Memórias de um suicida” (Ivone Pereira / Camilo Castelo Branco) esses espíritos permanecem em um lugar chamado Vale dos Suicidas.

Nestes locais, de sofrimento, eles têm a chance de pensar nas suas decisões e se redimir dos atos praticados.

Quando a redenção é verdadeira, o espírito é resgatado por seres de luz e levado a esferas mais elevadas.

O suicídio, na nossa concepção terrena, é o atentado à vida (suicídio direto) praticado pelo próprio individuo de maneira intencional.

Entretanto, do ponto de vista espiritual, também é considerado suicidido os casos em que o espírito desencarna em virtude dos hábitos nocivos adotados na Terra, chamado suicídio indireto.

O espírito André Luiz, por exemplo, foi considerado suicida indireto por essas razões.

Ele permaneceu no Umbral por longos anos até ter consciência de suas ações e ser levado para a colônia espiritual Nosso Lar.

Morte segundo o Espiritismo: palestras e vídeos sobre a vida após a morte

 

A morte na visão espírita por Isabel Salomão de Campos:

 

Conclusão

Este artigo abordou a visão da morte na ótica do Espiritismo.

Como vimos, para os espíritas, a morte do corpo não representa o fim da vida.

O espírito continua a sua caminhada no plano espiritual, aguardando, trabalhando e planejando a oportunidade de reencarnar e de se aprimorar.

Essas informações são indispensáveis para que possamos encarar a morte com outros olhos, com vistas na eternidade do Espírito.

Ela é apenas o encerramento de um ciclo, de uma existência corpórea do espírito na Terra.

Essa etapa, por sua vez, precisa ser bem aproveitada e vivida respeitando a moral do Evangelho.

Afinal, o espírito carrega toda a bagagem de suas ações mesmo após o desencarne.

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