Você já ouviu falar sobre o consolador?
Jesus Cristo, na última ceia, ao despedir-se dos discípulos, prometeu um outro consolador.
Afinal, o que ele quis dizer com essa promessa?
Bem, neste artigo, vamos explicar o que é o consolador prometido.
Este tema é retratado em diversas obras espíritas, inclusive em um livro de Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel, intitulado “O Consolador”.
Falaremos mais sobre isso adiante.
Acompanhe até o final!
Quem é o Consolador?
Vamos começar respondendo à dúvida principal sobre o assunto: quem é o consolador que Jesus prometeu?
O consolador prometido é o Espiritismo.
Jesus Cristo fez uma promessa à humanidade de que enviaria outro consolador para explicar, complementar e reforçar o ensinamento evangélico.
Esse voto é cumprido pela chegada da Doutrina Espírita, que veio para dar sentido às palavras do Salvador.
Desta vez, em Espírito e verdade.
Jesus Consolador
Jesus foi o primeiro Consolador e o único em presença física.
O Salvador foi enviado por Deus para trazer os fundamentos da verdade e do amor.
Com a missão de encaminhar a Humanidade para o bem, Cristo ensinou a compreender e colocar em prática a Lei de Deus.
Ele adaptou os ensinamentos ao grau de adiantamento e intelecto dos homens que viviam naquela época.
Por isso, falava com parábolas, para que se fizesse entendido.
Contudo, como a Humanidade ainda não estava madura o suficiente para absorver tudo o que veio compartilhar, Jesus prometeu um novo consolador.
O Consolador prometido – texto do Evangelho segundo o Espiritismo
O Consolador prometido é tratado em O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, no capítulo VI – O Cristo Consolador.
No texto, Kardec menciona o Espírito de Verdade, também conhecido como Espírito Santo, o consolador prometido por Jesus.
O Espírito de Verdade, inclusive, foi citado na primeira obra da codificação espírita: O Livro dos Espíritos.
Segundo Kardec, ele foi um dos participantes ativos do trabalho.
“Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal compreendido.”
Com essas palavras, Kardec manifesta ainda mais a ideia de que o Espiritismo é mesmo o consolador.
No mesmo capítulo, o professor explica ainda o papel da doutrina:
“O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: “Ouçam os que têm ouvidos para ouvir.” O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores. […] Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba de onde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da Lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.”
Viu só como a proposta do Espiritismo é compatível com o consolador prometido?
O Lvro dos Espíritos: O Consolador
Em O Livro dos Espíritos, primeira obra da codificação espírita, Kardec também aborda o Espiritismo como o consolador prometido.
Primeiramente, ele reforça que o Espiritismo não veio para mudar os ensinamentos de Cristo e dá o exemplo de Moisés.
“Não, o Espiritismo não traz moral diferente da de Jesus. Mas, perguntamos, por nossa vez: Antes que viesse o Cristo, não tinham os homens a lei dada por Deus a Moisés? A doutrina do Cristo não se acha contida no Decálogo? Dir-se-á, por isso, que a moral de Jesus era inútil? Perguntaremos, ainda, aos que negam utilidade à moral espírita: Por que tão pouco praticada é a do Cristo? E por que, exatamente os que com justiça lhe proclamam a sublimidade, são os primeiros a violar-lhe o preceito capital: o da caridade universal?”
Kardec ainda acrescenta que os Espíritos vieram para lembrar e complementar as morais de Cristo:
“Os Espíritos vêm não só confirmá-la, mas também mostrar-nos a sua utilidade prática. Tornam inteligíveis e patentes verdades que haviam sido ensinadas sob a forma alegórica. E, justamente com a moral, trazem-nos a definição dos mais abstratos problemas da psicologia. Jesus veio mostrar aos homens o caminho do verdadeiro bem. Porque, tendo-o enviado para fazer lembrar a sua lei que estava esquecida, não havia Deus de enviar hoje os Espíritos, a fim de a lembrarem novamente aos homens, e com maior precisão, quando eles a olvidam, para tudo sacrificar ao orgulho e à cobiça?”
O que é o Espiritismo?
No texto sobre o consolador prometido no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, o papel da doutrina fica bem esclarecido.
O Espiritismo é uma corrente filosófica que crê na existência do mundo evolução do Espírito, na reencarnação como espécie humana e na comunicação com o mundo espiritual.
Embora tenha surgido para explicar todas essas questões e dar continuidade aos ensinamentos de Cristo, o Espiritismo não é uma religião.
Não há cultos nem cerimônias.
A Doutrina Espírita surgiu na França, em 1857, por Hippolyte Léon Denizard Rivail, que usava o pseudônimo Allan Kardec.
Ele era um pedagogo e educador francês que decidiu provar a farsa em um fenômeno conhecido como “mesas girantes”.
Em sua tentativa, descobriu que as manifestações que moviam as mesas eram mesmo verdadeiras e que se tratava da comunicação dos Espíritos.
Kardec, então, com ajuda de médiuns, começou a fazer perguntas aos Espíritos.
Esse questionamento deu origem à codificação do Espiritismo, com cinco obras fundamentais: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.
Quer saber mais sobre o Espiritismo?
Leia este artigo completo sobre o tema: Espiritismo: o que é, história, fundamentos e principais obras.
O que significa O Consolador na Bíblia?
A promessa de um consolador está na Bíblia.
Jesus se compromete dizendo que Deus enviará um novo consolador que virá lembrar a humanidade de tudo o que ele ensinou.
Na passagem, o consolador mencionado é o Espírito Santo:
“Se me amais, guardai os meus mandamentos; e Eu rogarei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (João, 14:15 a 17 e 26.).”
Sinopse do Livro: O Consolador – Chico Xavier
Embora os livros de Allan Kardec abordem o consolador prometido e esclareçam por que ele é o Espiritismo, há outra obra bem completa sobre essa temática.
O Consolador, de Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel, foi publicado em 1941.
O livro, que é estruturado em perguntas e respostas, promove esclarecimentos sobre a Doutrina Espírita com base em ciência, filosofia e religião, e reforça a crença de que o Espiritismo é o consolador que Jesus prometeu.
Veja este trecho:
“Até agora, a Humanidade da era cristã recebeu a grande Revelação em três aspectos essenciais: Moisés trouxe a missão da Justiça; o Evangelho, a revelação insuperável do Amor, e o Espiritismo em sua feição de Cristianismo redivivo, traz, por sua vez, a sublime tarefa da Verdade. No centro das três revelações encontra-se Jesus-Cristo, como o fundamento de toda a luz e de toda a sabedoria. É que, com Amor, a Lei manifestou-se na Terra no seu esplendor máximo; a Justiça e a Verdade nada mais são que os instrumentos divinos de sua exteriorização, com aquele Cordeiro de Deus, alma da redenção de toda a Humanidade. A justiça, portanto, lhe aplanaram os caminhos, e a Verdade, conseguintemente, esclarece os seus divinos ensinamentos. Eis por que, com o Espiritismo simbolizando a Terceira Revelação da Lei, o homem terreno se prepara, aguardando as sublimadas realizações do seu futuro espiritual, nos milênios por-vindouros.”
Na obra, também são abordados aspectos como a necessidade de fazer reforma íntima, a dor no processo de evolução, a prática espírita e a mediunidade.
Portanto, vale a pena a leitura.
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Conclusão
Como vimos neste artigo, o consolador prometido por Jesus Cristo é o Espiritismo.
A Doutrina Espírita surgiu para relembrar e fortalecer os ensinamentos do Salvador, além de esclarecer os assuntos que ficaram pendentes por imaturidade dos homens à época em que Jesus viveu na Terra.
Para saber mais detalhes sobre o assunto, não deixe de ler “O Consolador”, de Chico Xavier.
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