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Bebês que morrem antes de nascer: qual relação com o Espiritismo?

Entender a perda de bebês que morrem antes de nascer segundo a visão do Espiritismo é uma maneira de lidar com esse trauma com serenidade.

Estamos falando de um momento muito doloroso, que pode gerar revolta e incompreensão dos pais e familiares.

Estes sentimentos são compreensíveis, uma vez que a visão restrita do plano terreno nos impede de vislumbrar os verdadeiros significados dos acontecimentos.

Por isso, neste artigo, vamos mostrar o que diz a Doutrina Espírita sobre essa perda, com o objetivo de acalmar o coração e instruir os espíritos designados a passar por isso.

Acompanhe até o final!

Bebês que morrem antes de nascer, segundo o Espiritismo

Segundo a Doutrina Espírita, todo acontecimento ocorre com a permissão Divina e portanto tem sua razão de ser e deve ser encarado como aprendizado a oportunidade de evolução.

Em “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec, na Parte Segunda, Capítulo VII intitulado: “Da volta do Espírito à vida corporal”, encontramos esta explicação em detalhes que agora passamos a resumi-la.

Reconhecemos que  a dor da perda de um filho que desencarnou antes do seu nascimento é muito intensa e necessita de tempo e resiliência para que seja superada.

Na maioria dos casos o Espírito precisava passar por esta prova a fim de complementar no corpo físico um período que desperdiçou em uma vida anterior,

Essas mortes prematuras, na visão espírita, podem representar também que o Espírito que iria reencarnar desistiu ou recuou diante de sua prova anteriormente escolhida.

Além disso, o fato pode significar ainda uma prova aos pais e para o Espírito designado a tomar lugar entre os vivos. Pode se dar o caso ainda que nenhum  Espírito estivesse presente no desenvolvimento do feto e consequentemente  necessitasse reencarnar naquele momento, sendo prova exclusiva para os pais do nascituro

Saiba que tanto o ser que deixou de reencarnar quanto sua família recebem apoio dos amigos espirituais para manter a força e seguir em frente.

Aborto espontâneo e perda gestacional no Espiritismo: pais de anjo

Ao tomar ciência de uma gestação, muitos planos se iniciam, e a rotina dos pais se transforma para receber este novo ser que está sendo gerado.

No entanto, quando ocorre um aborto espontâneo ou uma perda gestacional, é como se todas as expectativas de alegria se transformassem em dor.

Nesse momento, é comum que os pais tentem encontrar o que fizeram de errado e se culpem pela perda do bebê.

Contudo, a Doutrina Espírita esclarece que não há um culpado pelo desencarne deste Espírito.

Trata-se de um acontecimento necessário para o progresso de todos os envolvidos, e manter a calma e a resiliência é a melhor maneira de garantir a felicidade futura.

Normalmente, o mesmo Espírito terá uma nova oportunidade de concretizar sua encarnação e é o que ocorre, para a felicidade dos pais e do ente querido que retorna.

Reconhecendo que a morte não existe, a tranquilidade surge naturalmente.

A dor de perder um filho ainda no ventre

A dor de perder um filho que ainda não nasceu pode ser arrebatadora.

Toda a expectativa criada acerca da nova vida a caminho dá espaço a uma sensação de vazio.

Restringindo os pensamentos apenas ao mundo material, é compreensível que a situação se assemelhe a um “castigo” ou “injustiça divina”.

No entanto, é fundamental observar a situação em um ângulo mais abrangente que é aquele de cunho espiritual.

Somos seres espirituais em uma experiência carnal, portanto, designados a viver situações determinantes ao nosso crescimento.

A perda precoce de um filho é um desses acontecimentos e deve ser encarado como uma oportunidade de progresso.

De maneira ampla, este desencarne representou o crescimento mútuo e, posteriormente, estes seres receberão a oportunidade de unir-se novamente.

Quando o feto passa a ter espírito?

O Espírito se liga  ao corpo por intermédio dos laços perispirituais no momento da  fecundação mas a união só é completa por ocasião do nascimento.

Ou seja, antes mesmo de se tornar um feto, a nova vida que está se desenvolvendo para a reencarnação já se encontra em união com seu espírito.

Por isso, interromper uma gestação através do aborto é um crime perante as Leis Divinas e tão negativo que pode gerar tristes consequências para o bebê e seus pais.

Onde fica o espírito do bebê na gravidez?

A pergunta 344 do Livro dos Espíritos expressa este questionamento feito por Allan Kardec.

(Pergunta 344) “Em que momento a alma se une ao corpo?”

Resposta: “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ele se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”

De acordo com a resposta dos Benfeitores Espirituais o Espírito permanece junto ao seu corpo em desenvolvimento dando-lhe as condições vitais para que se desenvolva. Daí a importância dos pais sempre manifestarem seu carinho e amor pelo filho desde o início da gravidez.

O que significa morte prematura para o Espiritismo?

De acordo com a visão espírita, mortes prematuras podem acontecer em decorrência de aborto deliberado, complemento de existência anterior interrompida antes do término devido, , débitos anteriores ligados ao suicídio e eutanásia.

Quando o desencarne é provocado por ação humana, é considerado um grande crime, uma vez que impede o indivíduo de suportar as provas que seriam instrumento de seu crescimento.

Além disso, as mortes prematuras podem ocorrer por merecimento do espírito, como forma de protegê-lo de situações que poderiam acarretar-lhe o desequilíbrio.

Desencarne na infância na visão espírita

O Livro dos Espíritos esclarece esta questão da seguinte maneira:

(Pergunta 199) “Por que tão frequentemente a vida se interrompe na infância?”

Resposta: “A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedente interrompida antes do momento em que deveria terminar, e sua morte, também não raro, constitui provação ou expiação para os pais.”

O que acontece quando crianças morrem de acordo com o Espiritismo?

Ainda na questão 199 do Livro dos Espíritos, Allan Kardec questiona o que acontece com o Espírito de uma criança após sua morte.

A resposta é simples: “Recomeça outra existência”.

Ou seja, o desencarne tão cedo diz respeito à necessidade evolutiva deste ser e, tão logo acontece, é dada a ele a oportunidade de retornar para continuar seu progresso.

O que acontece com os bebês após a morte?

Após a morte, o perispírito do bebê se desliga de seu corpo físico.

Ele é direcionado a um ambiente de recuperação e amparo espiritual, inclusive em Colônia Espiritual especializada para este tipo de acolhimento.

Neste momento, pode haver esquecimento das pessoas ao seu redor e de si mesmo.

Ao longo dos dias, este Espírito se recorda de sua situação e se prepara para uma nova encarnação.

Este reencarne pode se dar no mesmo seio familiar.

Assim, o ser retorna com condições mais adequadas para seguir com seu progresso espiritual em união ao seus pais.

Por que algumas pessoas morrem cedo?

Embora a jornada evolutiva do corpo físico passe pela infância, juventude e velhice, nem todos os Espíritos passam por todas essas etapas e acabam desencarnando “cedo” sob a ótica do mundo material.

No entanto, todo desencarne tem sua razão de ser, caso ele não tenha sido imposto pelo autoextermínio, por exemplo.

Assim, algumas pessoas morrem antes de chegar à velhice, pois sua missão atual terminou na Terra e elas precisam seguir sua jornada no  plano espiritual. Em breve retornarão aos sítios terrestres.

Gravidez após perda de bebê na visão espírita

Uma nova gravidez após a perda de um bebê pode representar grande tensão na vida dos pais.

Contudo, na visão espírita, a nova gestação não necessariamente terá o mesmo fim que a outra, uma vez que ambos passaram pela provação com fé e resiliência.

Assim, com uma mentalidade mais preparada e com a vibração direcionada ao desenvolvimento saudável do bebê, grandes são as chances de que tudo dê certo.

Muitas vezes, pode se tratar do mesmo Espírito que retorna, no momento certo, para dividir com seus pais a alegria da oportunidade de uma nova reencarnação.

Por isso, não há razão para temer e sim para seguir firme em direção ao progresso mútuo.

Como os filhos escolhem os pais, segundo espiritismo

Durante o planejamento reencarnatório, os filhos escolhem como pais os espíritos que tiveram com ele alguma ligação pregressa.

Essa união pode acontecer para que o filho ajude o pai, a mãe ou ambos.

Pode ocorrer ainda para que os pais auxiliem no reequilíbrio do filho.

Também há a possibilidade de ser uma união para a depuração de alguma desavença entre os envolvidos.

Portanto, não se trata de uma escolha deliberada.

Ao contrário, tem o objetivo de amenizar marcas do passado e garantir o aprimoramento moral futuro.

Vídeos espíritas sobre bebês que morrem antes de nascer

A fim de aprofundar a compreensão sob a ótica espírita acerca de bebês que morrem antes de nascer, separamos dois vídeos valiosos que abordam o tema.

Acompanhe e compreenda a justiça e o propósito por trás desta vivência tão dolorosa e transformadora.

Bebês que morrem antes de nascer, por TV Mundo Maior

O vídeo a seguir explica o que acontece com o bebê após a morte.

É um conteúdo que expressa sensibilidade e seriedade, esclarecendo os mistérios sobre os desencarnes prematuros.

Assista:

 

Mortes Prematuras, por Divaldo Franco

O médium brasileiro Divaldo Franco esclarece no conteúdo abaixo o significado das mortes prematuras de acordo com o Espiritismo.

Assista:

 

 

Conclusão

Como vimos, a explicação espírita sobre bebês que morrem antes de nascer é capaz de proporcionar calma e alento para as pessoas que passaram por isso.

Se este é o seu caso, saiba que a espiritualidade amiga nunca te abandona e que nenhuma situação é vivenciada por acaso.

O plano terreno é apenas uma passagem para o progresso espiritual, e a dor de perder um ente tão querido dá espaço à alegria de saber que foi um momento de progresso mútuo.

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