Pular para o conteúdo

Música e Espiritismo: visão do Espiritismo sobre a música

Você acredita que exista uma relação entre música e Espiritismo?
Bem, a música é uma arte bastante apreciada por nós, seres humanos.
É até mesmo considerada uma prática cultural.

Afinal, desde os tempos mais primórdios, os povos já a utilizavam como manifestação.
Mas será que as músicas são capazes de influenciar os nossos Espíritos?

A resposta para essa e outras perguntas você encontra neste artigo.
Acompanhe até o final!

Influência das músicas em nosso organismo

Você já ouviu alguém dizer que a música move as pessoas?

Essa afirmação não tem relação apenas com a motivação que a combinação harmoniosa e expressiva de sons é capaz de provocar, mas, também, com os efeitos dela em nosso corpo.

Quem costuma ouvir música, sabe que não é raro experimentar diferentes sensações ao escutar os acordes e batidas.

A explicação para esses efeitos está na influência que a música exerce sobre o nosso cérebro.

Os sons, quando captados pelos ouvidos, ativam algumas regiões cerebrais.

Ao ser ativado, o sistema nervoso exerce atividades sobre o corpo, provocando alguns processos corporais, como a contração dos músculos.

É por isso que os braços se soltam e os pés saem do chão quando escutamos música, sejam esses movimentos conscientes ou inconscientes.

Como exemplo temos na REVISTA ESPÍRITA – Jornal de estudos psicológicos – maio 1858  – Conversas familiares do Mais-Além – Mozart, onde desenvolve-se uma comunicação muito interessante.

Este é um trecho desta conversa interessante:

PRIMEIRA CONVERSA

─ Em nome de Deus, Espírito de Mozart, você está aqui? ─ Sim.

─ Por que é Mozart e não outro Espírito? ─ Foi a mim que você evocou: então vim.

─ Que é um médium? ─ O agente que une meu Espírito ao seu.

─ Quais as modificações fisiológicas e anímicas que, sofre o médium ao entrar em ação de intermediação? ─ Seu corpo nada sente, mas seu Espírito, parcialmente desprendido da matéria, está em comunicação com o meu, unindo-me a vós.

Encontramos outra referência que fala da importância da música na seguinte pergunta do Livro dos Espíritos:

  1. São sensíveis à música os Espíritos?

“Aludes à vossa música? Que é ela comparada à música celeste? A esta harmonia de que nada na Terra vos pode dar ideia? Uma está para a outra como o canto do selvagem para uma doce melodia. Não obstante, Espíritos vulgares podem experimentar certo prazer em ouvir a vossa música, por lhes não ser dado ainda compreenderem outra mais sublime. A música possui infinitos encantos para os Espíritos, por terem eles muito desenvolvidas as qualidades sensitivas. Refiro-me à música celeste, que é tudo o que de mais belo e delicado pode a imaginação espiritual conceber.”

No Livro dos Médiuns encontramos também:

Médiuns músicos – Aqueles que interpretam, compõem ou escrevem música sob a influência dos Espíritos. Existem médiuns músicos, mecânicos, semimecânicos, intuitivos e inspirados, como nas comunicações literárias. (Consulte “Médiuns de efeitos musicais”).

Como a música influencia os nossos pensamentos

Não é apenas no corpo que a música provoca reações.

Os nossos pensamentos e emoções também são estimulados pelos sons.

Isso porque a música afeta diretamente o humor.

Um estudo da Universidade de Lyon, na França, descobriu uma ligação entre a música e a dopamina.

Segundo os estudiosos, ouvir as músicas favoritas aumenta a produção da dopamina, conhecida como o hormônio do prazer.

Essa relação ajuda a entender o impacto das músicas em nossos pensamentos, uma vez que a positividade transmitida pelos sons tem o poder de apoiar ideias otimistas.

Frequência e sintonia do pensamento com os Espíritos desencarnados

O Universo de Deus é regido por diversas leis, dentre elas, a lei da afinidade ou sintonia.

Basicamente, essa lei consiste na regra de que semelhantes atraem semelhantes.

Essa aproximação se dá por meio de opiniões, ideias e sentimentos em estado de sintonia.

Em outras palavras, pode-se dizer que a afinidade acontece quando há campos vibratórios equivalentes.

Como somos Espíritos, ainda que encarnados, a lei da afinidade ultrapassa as barreiras da carne.

Ou seja, nossas conexões não se limitam apenas ao mundo físico, elas extrapolam o mundo espiritual.

A harmonia ou desarmonia que irradiamos se conectam a Espíritos encarnados ou desencarnados que se encontram na mesma sintonia.

Emmanuel, no livro Roteiro – obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier -, esclarece:

“A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir. Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente. De modo imperceptível, ‘ingerimos pensamentos’, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos. Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza. Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que nos cercam. Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o ‘tônus mental’, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis.”

Essa declaração de Emmanuel serve como um alerta sobre os pensamentos que cultivamos.

Se nossa faixa vibratória é baixa, atraímos Espíritos de classes inferiores.

Ou seja, aqueles menos evoluídos e com tendência à prática do mal.

Por outro lado, se nossas ondas mentais atingem um padrão elevado, mantemos por perto os bons Espíritos.

Kardec, em O Livro dos Espíritos, faz esse questionamento durante o interrogatório: “os Espíritos das diferentes ordens se acham misturados uns com os outros?”.

E lhe é respondido pelos Espíritos:

“Sim e não. Quer dizer: eles se vêem, mas se distinguem uns dos outros. Evitam-se ou se aproximam, conforme à simpatia ou à antipatia que reciprocamente uns inspiram aos outros, tal qual sucede entre vós. Constituem um mundo do qual o vosso é pálido reflexo. Os da mesma categoria se reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias, unidos pelos laços da simpatia e pelos fins a que visam: os bons, pelo desejo de fazerem o bem; os maus, pelo de fazerem o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se acharem entre os que se lhes assemelham.”

Portanto, se quiser ver o céu reinar dentro de si, ilumine as suas ondas mentais.

Nesse sentido, a música é uma arte que tem o potencial de aumentar o padrão vibratório.

Portanto, escolha aquelas que emanam boas energias.

Exemplos de músicas que vibram boas energias

Existe uma infinidade de músicas já feitas.

E embora todos os sons tenham o poder de influenciar os comportamentos humanos, nem todos eles induzem para o lado positivo.

Para escolher músicas que vibram boas energias, é importante observar a frequência delas.

As frequências Solfeggio, que são um conjunto de sons musicais eletromagnéticos que os monges utilizavam em cantos gregorianos, ajudam a aumentar a vibração.

Cada um dos tipos da escala produz efeitos distintos. Veja:

  • 174 Hz – promove alívio instantâneo para as dores físicas pontuais.
  • 258 Hz – realinha as energias entre os chakras e proporciona a cura.
  • 396 Hz – é capaz de transformar a tristeza em felicidade e a culpa em perdão.
  • 417 Hz – tem o poder de eliminar a negatividade e remover os bloqueios do subconsciente.
  • 528 Hz – estimula o amor, restaura o equilíbrio e repara o DNA.
  • 639 Hz – ajuda a fortalecer as relações humanas.
  • 741 Hz – elimina as toxinas e permite a limpeza do corpo físico.
  • 852 Hz – desperta a intuição e contribui para o equilíbrio espiritual.
  • 963 Hz – alinha as energias e deixa o corpo em perfeito equilíbrio.

O símbolo Hz representa os Hertz, que é a unidade de medida padronizada para frequência.

Um Hertz equivale a um segundo.

Assim, se você escutar uma música de 963 Hz, isso significa que ela oscila 963 vezes por segundo.

Uma curiosidade é que o nome dessa medida é uma homenagem ao físico alemão Heinrich Hertz.

Ele foi responsável por determinar a existência da radiação eletromagnética, criando aparelhos emissores e detectores de ondas de rádio.

Agora que você já sabe quais são as frequências ideais e entende como elas funcionam, só falta descobrir as músicas, certo?

Bem, para encontrar músicas em cada uma das frequências, é fácil.

Basta digitar nos buscadores de internet ou no próprio YouTube a frase “Músicas frequência + número da frequência”.

Lista de músicos espíritas

Além das frequências musicais que proporcionam boas energias, as letras das músicas também são responsáveis por elevar a vibração.

Os artistas espíritas associam melodias inspiradoras a mensagens edificantes para vibrar em alto.

Alguns nomes da música espírita e espiritualista são:

Além desses cantores e bandas, no site Acervo Espírita, você encontra diversos artistas e seus trabalhos musicais ligados ao Espiritismo.

Músicas espíritas para crianças que podem ser usadas na evangelização infantil

As músicas também são enriquecedoras para o aprendizado das crianças na Evangelização Espírita.

Elas falam direto com o coração e, assim, ajudam os pequenos a aprender por meio da sensibilização.

Para quem pretende usar a musicalização na evangelização, aqui vão duas dicas de onde encontrar músicas espíritas:

  • No YouTube: existem diversas listas de músicas espíritas infantis
  • No site da FEB – Federação Espírita Brasileira, são disponibilizados vários CDs para download.

Independentemente do meio escolhido para selecionar as músicas, é importante se certificar de que o conteúdo musical é adequado à idade e à linguagem das crianças.

Vale destacar também que as músicas espíritas infantis podem ser usadas de diferentes formas na evangelização.

Elas servem para introduzir assuntos, apoiar a memorização de conteúdos, como fundo musical para as atividades, exercícios de meditação e confraternização entre os evangelizandos.

As músicas podem ser cantadas ao vivo ou apenas reproduzidas em aparelhos de som.

A escolha vai depender da estrutura disponível.

Conclusão

E, então, viu só a conexão entre a música e o Espiritismo?
Músicas que emanam boas energias ajudam a elevar o padrão vibratório.
A boa vibração é essencial para manter os pensamentos positivos.

Como os Espíritos se comunicam pelos nossos pensamentos, é importante que tudo esteja em perfeita sintonia.
Assim, com a faixa vibracional em alta, Espíritos superiores tendem a se aproximar.

Além de ouvir boas músicas, vale adotar outros hábitos, como a leitura de obras edificantes, a gratidão, a prática da caridade e o perdão, entre outros.
Tudo isso, certamente, contribui para que você viva alinhado às morais do Evangelho e consiga subir os degraus da evolução espiritual.

Gostou deste artigo sobre a música e o Espiritismo? Então, aproveite o espaço ao final do texto para escrever o seu comentário.
Tem outro tema que gostaria de ver por aqui? Faça uma sugestão de assunto para a nossa equipe pelo formulário de contato.

2 comentários em “Música e Espiritismo: visão do Espiritismo sobre a música”

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *