Os dez mandamentos são ideias extremamente importantes e difundidas pelo Cristianismo.
Afinal, trata-se de regras primordiais para o bom convívio em sociedade e em relação à vida espiritual.
Por isso, neste artigo, vamos expor os dez mandamentos segundo o Espiritismo e a reflexão espírita.
Dessa forma, será mais simples compreender como praticá-los no dia a dia ao buscar sua reforma íntima.
Acompanhe!
Os dez mandamentos de Moisés, segundo o Espiritismo
Os dez mandamentos de Moisés, segundo o Espiritismo, são o primeiro e único marco histórico de Deus que se tem informações até os dias atuais.
Eles foram recebidos através da mediunidade de Moisés, com o objetivo de resumir toda a conduta moral que deve ser seguida pela humanidade.
Esses mandamentos, também conhecidos como leis, foram fundamentais para a época, uma vez que os indivíduos encontravam-se perdidos e com instruções muito básicas.
O intuito foi de promover a evolução social das pessoas, uma vez que as levaram a refletir e agir de forma menos instintiva e mais lógica.
Quais são os dez mandamentos?
Existem duas partes diferentes na lei mosaica: a Lei de Deus, que foi determinada no monte Sinai, e a lei disciplinar ou civil, proclamada por Moisés.
A Lei de Deus é invariável, enquanto a lei decretada por Moisés varia com o tempo, segundo os costumes e caráter das pessoas.
A seguir, vamos acompanhar as notas de Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo I, que nos expõem as Leis de Deus:
“I. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano.
II. Não pronunciareis em vão o nome do Senhor, vosso Deus.
III. Lembrai-vos de santificar o dia do sábado.
IV. Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.
V. Não mateis.
VI. Não cometais adultério.
VII. Não roubeis.
VIII. Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo.
IX. Não desejeis a mulher do vosso próximo.
X. Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas que lhe pertençam.”
“É de todos os tempos e de todos os países essa lei e tem, por isso mesmo, caráter divino.
Todas as outras são leis que Moisés decretou, obrigado que se via a conter, pelo temor, um povo de seu natural turbulento e indisciplinado, no qual tinha ele de combater arraigados abusos e preconceitos, adquiridos durante a escravidão do Egito.
Para imprimir autoridade às suas leis, houve de lhes atribuir origem divina, conforme o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos.
A autoridade do homem precisava apoiar-se na autoridade de Deus; mas, só a ideia de um Deus terrível podia impressionar criaturas ignorantes, em as quais ainda pouco desenvolvidos se encontravam o senso moral e o sentimento de uma justiça reta.
É evidente que aquele que incluíra, entre os seus mandamentos, este: “Não matareis; não causareis dano ao vosso próximo”, não poderia contradizer-se, fazendo da exterminação um dever.
As leis moisaicas, propriamente ditas, revestiam, pois, um caráter essencialmente transitório.”
Moisés na visão espírita
Moisés na visão espírita é o mensageiro da primeira revelação.
Logo, ele era um médium revestido dos mais elevados poderes espirituais e que trouxe a missão da justiça.
Afinal, foi o primeiro homem a tornar acessíveis aos outros seres encarnados os ensinamentos que foram conquistados após a demorada e sofrida iniciação.
Isso demonstra que o objetivo de Jesus, quando encarnou, milhares de anos depois, não era acabar com as leis e com as profecias
Do contrário, o Cristo veio para fazê-las serem cumpridas em sua plenitude, sem más interpretações.
Reflexão espírita sobre os dez mandamentos
A seguir vamos explicar cada mandamento à luz da reflexão espírita.
Acompanhe:
I. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano.
O primeiro mandamento nos faz perceber a importância de dedicar amor a Deus sobre todas as coisas e reconhecê-lo como único e insubstituível.
II. Não pronunciareis em vão o nome do Senhor, vosso Deus.
O segundo mandamento nos faz estar atentos sobre nossos anseios.
Isso não significa que não possamos pedir auxílio a Deus ou fazer a Ele reverências.
No entanto, é necessário observar se as solicitações não partem de um desejo orgulhoso e egoísta para angariar vitórias terrenas que nada agregam ao crescimento espiritual.
Logo, pronuncie o nome do Senhor quando, de fato, tiver algo de edificante para solicitar ou agradecer.
III. Lembrai-vos de santificar o dia do sábado.
O terceiro mandamento nos recorda da necessidade do repouso para que nossas energias sejam renovadas.
De nada adianta o esforço incessante se dele não saem bons frutos, uma vez que o indivíduo está sobrecarregado.
IV. Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.
O quarto mandamento nos remete à gratidão necessária àqueles que nos deram a oportunidade da reencarnação.
Logo, mesmo que seu pai e sua mãe o decepcionem ao longo da vida, eles já fizeram algo grandioso, que foi dar mais uma oportunidade para a sua evolução.
Consequentemente, é necessário que sejam honrados para toda a vida.
V. Não mateis
Não cabe a nós ceifar o tempo de prova e expiação de um irmão.
Seremos duramente responsabilizados caso tiremos a vida de alguém, afinal, não temos esse direito.
Pelo contrário, nosso dever é facilitar a jornada daqueles que estão encarnados conosco.
VI. Não cometais adultério
Ao cometer adultério, inúmeras energias inferiores são atraídas para você e também para o companheiro que lhe dedicou confiança.
Por isso, o ideal é que haja sempre a honestidade e o cumprimento da palavra dita para não atrapalhar a vida do outro e nem a sua, provocando um atraso evolutivo.
VII. Não roubeis
Não retire do outro o que não é seu, afinal, só terá acesso a determinadas coisas quando tiver maturidade para tal.
Logo, o roubo irá mais prejudicar do que facilitar a sua jornada evolutiva.
Além de, consequentemente, atrapalhar a do indivíduo que sofreu a perda.
VIII. Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo
Cuide das palavras que saem da sua boca, pois elas têm poder.
Mesmo que pareça grande vantagem inventar mentiras sobre os outros, no fim das contas, a verdade e a justiça são implacáveis.
Ademais, nós não possuímos o direito de prejudicar quem quer que seja, independentemente de nossas intenções.
IX. Não desejeis a mulher do vosso próximo
A comunhão com o outro deve ser baseada no amor, na honestidade e na caridade.
Logo, não é interessante desejar a mulher ou o homem que está em outra companhia.
Afinal, se eles estão em união com outro espírito, é porque têm com eles tarefas a cumprir para sua evolução.
X. Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas que lhe pertençam
Deus não nos deixa faltar nada sem um propósito.
O sentimento de inveja nos torna mais miseráveis do que poderíamos ser em qualquer ocasião.
Por isso, é primordial que trabalhemos em busca dos nossos anseios sem invejar ou prejudicar ninguém.
Quais são os mandamentos de Jesus?
A seguir, vamos comentar os seguintes mandamentos de Jesus:
Amor a Deus
O amor a Deus sobre todas as coisas nos foi ensinado por Jesus.
Deus é nosso Criador, Ele nos deu a oportunidade da vida e da evolução.
Logo, devemos a Ele tudo o que somos e o que poderemos ser.
Por isso, é imprescindível que dediquemos a Ele o nosso maior amor e devoção, uma vez que Ele é a bondade suprema e está sempre aberto a nos acolher.
Amar ao próximo
Todos os indivíduos são filhos de Deus, ou seja, nossos irmãos.
Por isso, devemos dedicar amor ao próximo e auxiliá-lo em sua jornada.
Até porque, quanto mais facilitarmos a vida do outro com amor e caridade, estaremos facilitando mais a nossa própria jornada.
Amar a si mesmo
A autovalorização é extremamente importante.
Somos seres falhos e vamos nos equivocar inúmeras vezes antes de acertar.
Por isso, precisamos nos amar, para nos perdoar e reunir forças para seguir em frente.
O amor próprio nos permite a resignação e a perseverança, mesmo quando parece que somos os únicos a confiar em nós mesmos.
A caridade
Jesus nos ensina o mandamento da caridade e fora dele não há salvação.
Devemos ser caridosos sem almejar recompensas por isso.
Precisamos estar atentos a oferecer aos outros o que Deus nos oferece, que é o perdão e o acolhimento incessantes.
A Justiça
Ser justo é mais um mandamento fundamental para que possamos conquistar a nossa evolução.
Deus é soberanamente justo e, por isso, devemos nos dedicar à prática da justiça, mesmo que momentaneamente nos prejudique ou atrase em algum desejo material.
A compaixão
Por fim, Jesus nos deu a lição da compaixão.
Precisamos ter compaixão com nossos irmãos e não nos colocar em posição de julgadores, apontando dedos a eles.
Conclusão: Os Dez mandamentos e Os Ensinamentos de Jesus
Os dez mandamentos, segundo o Espiritismo e os ensinamentos de Jesus, nos fazem ter uma ideia de como agir a fim de promover o nosso crescimento espiritual.
Eles são muito relevantes para que possamos ser mais disciplinados e direcionados ao amor, fé e caridade incessantes.
Praticar esses mandamentos e ensinamentos nos tornam mais próximos de nosso Criador e da felicidade.
Você já conhecia os dez mandamentos sob a luz da Doutrina Espírita?
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