Pular para o conteúdo

Xenoglossia no Espiritismo: o que é? Conheça 4 manifestações

Xenoglossia no Espiritismo

A Xenoglossia no Espiritismo é uma manifestação mediúnica, considerada uma das principais evidências de que existe vida após a morte.

Trata-se de um fenômeno impressionante, que expressa toda a magnitude e misericórdia de Deus por nós.

No entanto, muitas dúvidas são levantadas em relação a essas manifestações.

Por isso, é fundamental conhecer o que é a Xenoglossia e de que maneiras ela pode se manifestar.

É sobre isso que vamos falar nesse post. Acompanhe até o final!

Xenoglossia no Espiritismo: o que é?

Xenoglossia no Espiritismo

A Xenoglossia no Espiritismo trata-se do fenômeno de um indivíduo expressar-se de forma espontânea por intermédio de um idioma que não domina.

Ou seja, na reencarnação atual, a pessoa não passou por nenhum estudo que justificasse o domínio da língua falada e a manifestação através dela com clareza.

Em decorrência disso, esse acontecimento é denominado sobrenatural, paranormal e metapsíquico.

Consequentemente, a Xenoglossia é uma das evidências mais consistentes de que há vida após o desencarne.

De acordo com a Doutrina Espírita, o fenômeno pode ser considerado mediúnico, quando a comunicação é de um Espírito desencarnado ou anímico, quando a mensagem é do inconsciente do próprio indivíduo que a transmite.

O objetivo dessas manifestações é o contato do plano terreno com outros planos espirituais, a fim de transmitir mensagens importantes e que serão de grande ajuda.

O que significa a palavra Xenoglossia?

Em sua etimologia, a palavra Xenoglossia é proveniente de dois termos gregos xeno: estranho ou estrangeiro, e glossa: língua ou fala.

Sua origem é atribuída ao francês Charles Richet, que era médico fisiologista.

O termo foi criado com o intuito de classificar o fenômeno manifestado por tantas pessoas.

Esses indivíduos estabeleciam comunicações de forma oral e escrita por meio de línguas estrangeiras que não dominavam.

Allan Kardec denominou como “médium poliglota” o indivíduo que conseguir se manifestar dessa maneira, uma vez que o poliglotismo trata-se da habilidade de falar várias línguas.

Dessa forma, a palavra Xenoglossia significa a habilidade de falar em língua estranha ao idioma de domínio do médium.

Qual a diferença entre Glossolalia e Xenoglossia?

A Xenoglossia, como vimos antes, é a capacidade de falar, de maneira espontânea, em idiomas que não foram aprendidos previamente.

Neste caso, qualquer indivíduo que tenha domínio da língua falada pelo médium poliglota poderá entender e propagar a informação.

E a glossolalia é a capacidade que o indivíduo apresenta de emitir sons ou palavras de sentido oculto aos ouvintes que não possuam o dom da interpretação.

Dessa maneira, a diferença entre ambos é que no primeiro caso a língua falada existe e não é de conhecimento do manifestante.

Já na glossolalia, o que é expressado nem sempre trata-se da representação de um idioma terreno e, portanto, é mais difícil compreender a mensagem.

Por isso, no segundo caso, o caráter incompreensível dos sons e palavras expressados faz com que o fenômeno não apresente utilidade e seja descredibilizado.

O que significa falar em línguas estranhas enquanto dorme?

xenoglossia

Durante o sono, o perispírito se desprende parcialmente do corpo físico e se direciona aos ambientes compatíveis com o seu campo vibracional.

Neste momento, a experiência pode ser agradável, quando o espírito encarnado encontra-se em paz e segue os ensinamentos do Cristo.

No entanto, pode ser uma vivência bastante negativa, caso o indivíduo esteja sob as amarras da raiva, mágoa, ódio, desejo de vingança, orgulho e egoísmo, entre outros sentimentos.

Afinal, em casos como estes, o perispírito pode ter contato com criaturas que também vibram essa energia e agravam os sintomas dessas sensações adversas.

Além disso, durante esse momento, que é denominado desdobramento, existe a possibilidade de haver contato com almas afins, com as quais já se conviveu em outras encarnações.

Dessa forma, caso o idioma da pessoa em outra encarnação tenha sido diferente, existe a possibilidade de haver a manifestação da comunicação em línguas estranhas enquanto ela dorme.

Por isso,  pode ser uma boa ideia tentar registrar o fenômeno: a dica é deixar um gravador ligado durante o sono, para registrar possíveis comunicações.

De acordo com o Espiritismo, nada do que acontece é em vão e todo fenômeno tem o intuito de transmitir ensinamentos e colaborar com a nossa evolução espiritual.

Xenoglossia: mediunidade poliglota

Xenoglossia no Espiritismo

No Capítulo XIX de “O Livro dos Médiuns”, Allan Kardec elabora questões acerca das manifestações de Xenoglossia, a mediunidade poliglota, segundo ele.

Confira, a seguir, quais foram os ensinamentos obtidos por intermédio dos questionamentos sempre pertinentes do codificador da Doutrina Espírita:

(Pergunta) “Os Espíritos só têm a linguagem do pensamento; não dispõem da linguagem articulada, pelo que só há uma língua para eles. Assim sendo, um Espírito poderia se exprimir por via mediúnica numa língua que jamais falou quando vivo? E, nesse caso, de onde tira as palavras de que se serve?”

Resposta: “Você mesmo acabou de responder à pergunta que formulou, dizendo que os Espíritos só têm uma língua – que é a do pensamento. Essa língua todos a compreendem, tanto os homens como os Espíritos. O Espírito errante, quando se dirige ao Espírito encarnado do médium, não lhe fala francês, nem inglês, porém, a língua universal que é a do pensamento. Para exprimir suas ideias numa língua articulada, transmissível, toma as palavras ao vocabulário do médium.”

(Pergunta) “Se é assim, só deveria ser possível ao Espírito se expressar na língua do médium. Entretanto, é sabido que escreve em idiomas que o médium desconhece. Não há aí uma contradição?”

Resposta: “Notem primeiramente que nem todos os médiuns são aptos a esse gênero de exercício e, depois, que os Espíritos só acidentalmente se prestam a ele, quando julgam que isso pode ter alguma utilidade. Para as comunicações usuais e de certa extensão, preferem servir-se de uma língua que seja familiar ao médium, porque apresenta a eles menos dificuldades materiais a vencer.”

(Pergunta) “A aptidão de certos médiuns para escrever numa língua que lhes é estranha não provirá da circunstância de lhes ter sido familiar essa língua em outra existência e de haverem guardado a intuição dela?”

Resposta: “É certo que isto se pode dar, mas não é regra. Com algum esforço, o Espírito pode vencer momentaneamente a resistência material que encontra. É o que acontece quando o médium escreve palavras que não conhece na língua que lhe é própria.”

Fenômenos mediúnicos de Xenoglossia

O fenômeno mediúnico de Xenoglossia mais difundido, foi narrado no Novo Testamento e trata-se do Dia de Pentecostes.

No momento da reunião dos apóstolos de Jesus, ambos começaram a falar em outras línguas e, neste momento, uma grande multidão se formou para observar o fenômeno.

Uma grande confusão foi causada, uma vez que haviam pessoas de diversas regiões e cada uma os ouvia falar em seu próprio idioma.

As ocorrências da Xenoglossia no Espiritismo não pararam por aí: na segunda metade do século XIX, este acontecimento foi amplamente documentado.

Com base nisso, o pesquisador italiano Ernesto Bozzano escreveu uma obra inteira dedicada ao tema e expôs 35 casos da manifestação desse fenômeno.

4 Manifestações de Xenoglossia

A Xenoglossia pode se manifestar de formas distintas e não apenas pela fala.

Essa forma de expressão vai depender do médium e do espírito que o intui.

Por isso, é muito pertinente conhecer os tipos de manifestações deste fenômeno. Acompanhe!

1. Oral

A Xenoglossia oral acontece de forma semelhante aos casos de psicofonia.

Ou seja, o médium empresta sua voz para que um Espírito seja capaz de se comunicar por intermédio dela.

Na situação atual, a comunicação acontece em idioma estrangeiro diretamente pela fala.

Dessa maneira, o médium será capaz de falar em uma língua desconhecida, uma vez que encontra-se como instrumento da mensagem do Espírito.

2. Escrita

Em sua manifestação escrita, a Xenoglossia ocorre como a psicografia.

Assim sendo, o médium vai redigir um texto em idioma estrangeiro desconhecido a ele.

Essa mensagem é transmitida e deve ser traduzida por alguém que domine a língua.

3. Voz direta

A voz direta trata-se da materialização de uma voz espiritual em idioma estrangeiro.

Também demanda interpretação de quem conhece a língua.

Vale a pena ressaltar que deve haver muita cautela para que não haja erros no momento da avaliação da mensagem que foi transmitida.

Afinal, a precisão da informação implica na eficiência de seu auxílio.

4. Escrita direta

Por fim, a escrita direta é a manifestação material de uma escrita espiritual em língua estrangeira.

Nesse caso e na manifestação exposta acima, não há necessidade da presença de um médium para que a mensagem seja transmitida.

Conclusão

Como vimos, a Xenoglossia no Espiritismo é a manifestação de mensagens verbalizadas ou escritas em idiomas desconhecidos pelos médiuns que fizeram o intermédio da comunicação.

Isso significa que, nem se quisesse, o indivíduo seria capaz de forjar tais informações no momento em que o fenômeno acontece.

Por isso, a Xenoglossia é uma das evidências mais importantes de que há vida após a morte.

Sendo assim, é importante estudar e conhecer melhor sobre o tema a fim de possibilitar que os Espíritos que desejam se expressar dessa forma consigam colaborar.

Então, gostou deste artigo? Que tal dividir a sua opinião conosco? Você já tinha ouvido falar no fenômeno da Xenoglossia?

Deixe um comentário no espaço abaixo!

Se quiser aprender sobre outro tema por aqui, preencha nosso formulário de contato e compartilhe a sua ideia!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *