Você sabe o que é e o que faz um médium espírita?
Até mesmo quem não segue o Espiritismo ouve muito falar sobre médiuns.
Inclusive, há informações inverídicas espalhadas por aí.
Por isso, neste artigo, vamos responder às principais dúvidas sobre o tema e colocar os pingos nos is em diversas questões.
O assunto pode interessar tanto quem pretende agregar um pouco mais de conhecimento, como também aqueles que desejam desenvolver a mediunidade.
Ficou interessado?
Então, continue acompanhando o texto até o final.
O que é uma pessoa médium espírita?
Embora muitas pessoas tenham consciência do termo, ainda há muita dúvida sobre o que é ser médium.
Uma pessoa é considerada médium espírita quando domina a faculdade mediúnica de maneira evidente e ativa.
O médium é capaz de se conectar com o mundo espiritual, conforme o livro codificado por Allan Kardec em “O Livro dos Médiuns” (questão 49, Item 9°):
“Os Espíritos se comunicam por meio dos médiuns, que lhes servem de instrumentos e de intérpretes.”
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O que é mediunidade?
Compreender o que significa mediunidade e como ela funciona é essencial para entender a atuação do médium espírita.
Afinal, para existir um médium, é preciso haver mediunidade ostensiva.
A mediunidade é a capacidade de comunicação com os espíritos.
Vale ressaltar, portanto, que todos os indivíduos têm potencial mediúnico, mas nem todos desenvolvem a habilidade ao longo da vida terrena.
Essa condição fica esclarecida no livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (capítulo XXIV- Item 12), codificado por Allan Kardec:
“A mediunidade é inerente a uma condição orgânica, de que todos podem ser dotados, como a de ver, ouvir e falar. Não há nenhuma de que o homem, em consequência do seu livre-arbítrio, não possa abusar. Deus outorgou as faculdades ao homem, dando-lhes a liberdade de usá-las como quiser, mas pune sempre aqueles que delas abusam.”
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Como a ciência explica a mediunidade?
Do ponto de vista do Espiritismo, a mediunidade já está explicada.
Mas e a ótica da ciência? Existe alguma explicação?
Bem, a ciência não comprova a existência da mediunidade de forma unânime.
No entanto, estudos realizados com médiuns indicam que alterações cerebrais acontecem durante sessões mediúnicas.
Cérebro e mediunidade
Cientistas do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da USP Universidade de São Paulo (FMUSP), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, da Universidade da Pensilvânia e da Universidade Thomas Jefferson, ambas nos Estados Unidos, mapearam os cérebros de uma dezena de médiuns brasileiros durante sessões de psicografia.
Os pesquisadores constataram diminuição do fluxo sanguíneo no hipocampo esquerdo, giro temporal superior direito e regiões do lobo frontal.
Esses locais estão associados ao raciocínio, planejamento, linguagem, movimento e solução de problemas.
Quando o desempenho está aquém do esperado, pode representar falta de foco e perda da autoconsciência.
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Como saber se sou médium?
Ao chegar até aqui, você pode estar se perguntando: “Ora, se todos nós podemos ser médiuns, como saber se sou um?”.
O questionamento é pertinente.
Se você não vê ou ouve Espíritos, por exemplo, outros sinais podem indicar a sua mediunidade.
Entre eles:
- Fortes impressões sobre pessoas e lugares.
- Mal-estar, enjoo e sensação de desmaio iminente.
- Sudorese, principalmente em mãos e axilas.
- Calafrios e formigamentos.
- Dores musculares.
- Cansaço repentino.
- Corpo pesado ao acordar.
- Instabilidade emocional.
- Taquicardia.
- Distúrbios do sono.
- Insegurança.
Evidentemente, é possível apresentar todos eles ou apenas alguns.
Isso porque a mediunidade se manifesta de maneira individual.
Além disso, os sintomas não garantem que você se tornará um médium ostensivo.
Como saber se possuo mediunidade de expiação?
O Espírito Manoel Philomeno de Miranda no livro “Temas da vida e da Morte” descreve os possíveis sintomas do surgimento da mediunidade da expiação:
No físico:
“Dores no corpo sem causa orgânica; cefaleia periódica sem causa biológica; distúrbios do sono – insônia, pesadelos, pânico noturno com transpiração excessiva -; taquicardias inexplicadas; colapso periférico sem qualquer disfunção circulatória; são todos distúrbios gerados pelo surgimento da mediunidade com sintonia desequilibrada.”
Psicologicamente:
“Ansiedade; várias fobias; distúrbios emocionais; inquietação íntima; pessimismo; desconfiança generalizada; sensação de presenças imateriais – sombras, figuras, vozes e toques -, que aparecem inesperadamente, desaparecem sem o uso de medicamentos e representam distúrbios mediúnicos inconscientes em decorrência da captação de ondas mentais e vibrações sincronizadas com o perispírito do paciente” sofrimento ou vingança.
Mas Manoel Philomeno alerta que tais sintomas pertencem às imagens de simples obsessões e requerem cuidados na educação e na prática mediúnica.
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Como ser médium?
Muita gente quer aprender a ser médium e descobrir como entrar em contato com Espíritos para se comunicar com entes queridos.
No entanto, a mediunidade não deve ser usada para este fim.
Ser médium é um grande compromisso e, para assumi-lo, é essencial se dedicar ao desenvolvimento das faculdades psíquicas.
Sou médium, como desenvolver a mediunidade?
Saber como trabalhar a mediunidade é o primeiro passo para desenvolvê-la do jeito certo.
Você precisa entender, portanto, que desenvolver a mediunidade requer muito estudo e prática.
Conhecer as obras da Doutrina Espírita é essencial.
Também é importante recorrer a um centro espírita para obter a ajuda necessária com os exercícios.
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O que um médium não pode fazer?
Espera-se que o médium faça bom uso da sua faculdade psíquica.
No entanto, as falhas podem fazer com que os Espíritos não mais o procurem, como destacado em “O Livro dos Médiuns” (capítulo XVII – Item 220), codificado por Allan Kardec:
“O uso que ele (o médium) faz da sua faculdade é o que mais influi sobre os bons Espíritos. Podemos abandoná-lo quando dela se serve para coisas frívolas ou com objetivos ambiciosos; quando se recusa a transmitir nossa palavra ou nossos fatos aos encarnados que os pedem ou que têm necessidade de ver para se convencerem. Esse dom de Deus não é dado ao médium para que se divirta e ainda menos para servir à sua ambição, mas para seu próprio melhoramento e para fazer conhecer a verdade aos homens. Se o Espírito vê que o médium não responde mais aos seus objetivos, e não aproveita as instruções e as advertências que lhe dá, retira-se para procurar um protegido mais digno.”
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7 tipos de médium: Qual seu tipo de mediunidade?
Até aqui, explicamos o que é o médium espírita e como desenvolver a mediunidade.
Agora, é hora de conhecer alguns tipos de médium.
1. Médium sensitivo
O médium sensitivo é aquele que sente a presença dos Espíritos.
Pela sua sensibilidade, consegue até perceber as características deles.
2. Médium de incorporação
Também chamado de psicofônico, o médium de incorporação cede seu próprio corpo para que o Espírito se manifeste.
Assim, o Espírito usa a voz do médium para se comunicar.
3. Médium de cura
Como o nome sugere, este médium tem o poder da cura.
Com a ação do magnetismo, é capaz de curar ou aliviar dores pela imposição das mãos ou pela prece.
4. Médium clarividente
O médium clarividente ou vidente consegue enxergar o plano espiritual.
A clarividência permite ver Espíritos, as bioenergias ou aura de uma pessoa, por exemplo.
5. Médium audiente
Já o médium audiente ouve a voz dos Espíritos.
Essa voz pode se manifestar de forma interior ou exterior.
6. Médium inspirado
Este tipo de médium é muito parecido com o sensitivo.
No entanto, a sensibilidade não é tão aflorada, o que o faz confundir a mensagem dos Espíritos com seus próprios pensamentos.
7. Médium psicógrafo
O médium psicógrafo é o médium que realiza psicografia.
Ou seja, é capaz de escrever as mensagens que são ditadas pelos Espíritos.
Esse tipo de mediunidade se divide em três categorias:
- Médium intuitivo: há domínio sobre as ações e consciência durante a psicografia.
- Médium mecânico: não tem nenhum controle ou consciência da escrita. A mão do médium é dominada pelo Espírito.
- Médium semimecânico: é a junção do intuitivo e do mecânico. Não possui controle do movimento, mas tem consciência do que está fazendo.
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Médiuns famosos
Chico Xavier
Um dos principais médiuns brasileiros foi Chico Xavier.
Chico dedicou mais de 70 anos à espiritualidade e, através de cartas psicografadas, ajudou a consolar milhares de famílias que haviam perdido seus entes queridos.
Ele chegou a psicografar mais de 450 livros e ultrapassou a marca de 50 milhões de exemplares vendidos.
Tornou-se, assim, o escritor brasileiro com maior sucesso comercial da história.
Chico Xavier retornou ao mundo espiritual em 2002.
Divaldo Pereira Franco
Na mesma época em que Chico atuava, Divaldo Franco também começou a psicografar.
Hoje, ele é referência mundial do Espiritismo.
O baiano Divaldo já psicografou mais de 250 livros e doou todos os direitos autorais para instituições de caridade.
Fundou uma delas, a Mansão do Caminho, que atende diariamente cerca de cinco mil pessoas. .
Além de Divaldo, há outros médiuns conhecidos por seu trabalho sério dentro da Doutrina Espírita.
Leia também: Joanna de Ângelis: Reencarnações, Livros e Mensagens
Relatos mediúnicos
Grande parte dos médiuns têm relatos mediúnicos interessantes.
Divaldo Franco é um deles.
O médium foi perseguido durante anos por um Espírito obsessor, que dizia ser um inimigo do passado querendo vingança (“Máscara de Ferro”).
Divaldo tentou de todas as formas ajudar o irmão sofredor, mas não obteve sucesso.
Um dia, uma criança recém-nascida foi abandonada no portão da Mansão do Caminho, e Divaldo foi chamado para resgatá-la.
O bebê era a reencarnação da mãe do Espírito que o perseguia.
Foi só quando o desencarnado soube que o médium cuidaria da criança que, finalmente, deixou Divaldo em paz.
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Conclusão
Este artigo conseguiu esclarecer o que é um médium espírita e como a mediunidade se manifesta?
Esperamos que sim!
Para quem quer saber mais sobre o assunto, o “Livro dos Médiuns”, codificado por Allan Kardec, é uma obra bastante completa.
Vale a leitura!
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