Você sabe quem é Divaldo Franco? Divaldo Pereira Franco é um dos maiores médiuns e oradores espíritas da atualidade. Conheça sua história de vida, suas obras, desafios e como se tornou referência no meio espírita.
Quem é Divaldo Franco?
Quando pensamos em pessoas que conseguem inspirar multidões, o nome de Divaldo Franco está, sem dúvida, em primeiro lugar.
A forma como apresenta uma filosofia profundamente otimista e orientadora, consegue atingir os corações das pessoas dos diferentes grupos sociais e idades.
Educador
Educador de vocação consegue passar a informação sobre o aprimoramento e imortalidade da alma designando uma nova forma de ver a vida, mais leve, sem temores.
De origens humildes e com uma grande cultura que ele mesmo não aceita ter, mas que demonstra em conversas profundas e raciocínios importantes que dão outro sentido ao olhar da vida.
Médium espírita
Jamais está a sós, portador de uma qualidade especial, faz parte da sua personalidade, a mediunidade, aquela qualidade natural e orgânica como demonstra Allan Kardec na codificação Espiritista ou Espírita, onde fala que todos somos aqueles mediadores entre o mundo dos encarnados (vivos) e desencarnados (mortos).
Joanna de Ângelis
A manifestação da mediunidade de Divaldo Franco se faz presente em todas suas ações sem perder sua autonomia e capacidade de decidir sobre si mesmo, é Joanna de Ângelis aquele Espírito mentor exigente, porém amoroso e com capacidades profundas de ensino que, o toma da mão para juntos percorrer uma vida de sucesso espiritual.
Divaldo Franco junto com seu fiel amigo e colaborador Nilson de Sousa Pereira e sob tutela espiritual de Joanna de Ângelis criam a mais ambiciosa obra educacional na cidade de Salvador estado da Bahia onde hoje, 68 anos após sua criação, são educadas cerca de 3.600 crianças de diferentes idades.
Joanna, Divaldo e Nilson não acreditam no assistencialismo, preferem a educação porque tem o poder de emancipar a mente da pobreza do Espírito que mantém as pessoas na faixa da miséria.
Palestrante espírita
Divaldo Franco, oferece conferências em todo o mundo, palestras que são ansiosamente aguardadas por todas as pessoas que tiveram a oportunidade de ouvi-lo com anterioridade, pessoalmente acreditamos que se você ainda não escutou Divaldo falar, no momento que o escute, ficará viciado pela sua forma de expressar as coisas.
Você não escutará só uma palestra espírita, viverá uma história, sofrerá com os personagens e será redimido junto com eles com a maravilhosa prece (poema) da gratidão, do qual apresentamos aqui um trecho:
GRATIDÃO
Muito obrigado Senhor!
Muito obrigado pelo que me deste.
Muito obrigado pelo que me dás.Obrigado pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz.
Muito obrigado pela beleza que os meus olhos vêem no altar da natureza.
Olhos que fitam o céu, a terra e o mar
Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil
E se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil.Obrigado Senhor!
Pelas minhas mãos
Mas também pelas mãos que aram
Que semeiam, que agasalham.
Mãos de ternura que libertam da amargura
Mãos que apertam mãos
De caridade, de solidariedade
Mãos dos adeuses
Que ficam feridas
Que enxugam lágrimas e dores sofridas!Obrigado Senhor!
Porque eu nasci!
Obrigado porque creio em ti
Pelo teu amor, obrigado senhor!
Poema da Gratidão pelo Espírito Amélia Rodrigues – Psicografia Divaldo Pereira Franco, poema completo no livro Sol de Esperança da Livraria Leal.
Vale a pena aprender sobre algumas vidas que são uma referência, a vida de Divaldo Franco está envolvida dentro do extraordinário e o humano, enche os corações de esperança porque fala-nos de novas oportunidades, sua história é capaz de aquecer qualquer coração desanimado e incentivar a quem busca seu próprio caminho.
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Biografia de Divaldo Pereira Franco
Divaldo Franco, nasceu na cidade de Feira de Santana no estado de Salvador, Bahia no 05 de maio de 1927, filho número treze, de família modesta, educado com severidade e austeridade, apresentava estranhas visões desde os 4 anos de idade, elas tornaram-se no foco de atenção da sua atual existência, conhece o Espiritismo aos 17 anos de idade e sua vida mudaria de foco tornando-se no orador mais importante sobre o tema do Espiritismo.
Sua mediunidade tem permitido o contato com Espíritos esclarecidos que escreveram através dele mais de 260 obras como romances, poesia, Psicologia, autoajuda, elas já foram traduzidas a mais de 10 idiomas e são milhões de cópias vendidas.
Fundador do Centro Espírita Caminho da Redenção junto com Nilson de Sousa Pereira, no 7 de setembro de 1947 e a obra social “Mansão do Caminho” no 15 de agosto de 1952.
Divaldo Franco é Embaixador da Paz, título concedido em Genebra, na Suíça, no ano de 2005 junto com o seu amigo Nilson de Souza Pereira. O título foi recebido o 30 de dezembro de 2005, e foi outorgado pela Ambassade Universalle Pour la Paix.
Divado P. Franco possui outros títulos importantes como:
- 1991 – Título Honoris Causa em Humanidade, pelo Colégio Internacional de Ciências Espirituais e Psíquicas, em Montreal, Canadá em 23.05.1991.
- 1997 – Decreto de Ordem do Mérito Militar, 31.03.1997, pelo Presidente da República do Brasil.
- 2001 – Medalha Chico Xavier, do Governo do Estado de Minas Gerais.
- 2002 – Título de Doutor Honoris Causa em Humanidades, pela Universidade Federal da Bahia.
- 2002 – Homenagem da Universidade Estadual de Feira de Santana.
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Infância de Divaldo Franco em Feira de Santana
Divaldo Franco nascido no dia 5 de maio do ano 1927, último filho de Ana Alves Franco e Francisco Pereira Franco, menciona em seus relatos que sua madre, Dona Ana tinha problemáticas de saúde que poderiam dificultar a gravidez de seu último filho e até correr perigo com a sua própria vida, conta que o médico orientou-a para fazer um aborto terapêutico para não correr risco, ela recusaria a proposta contundentemente, preferindo a vida de seu filho a sua própria vida.
Crack (colapso) econômico
O crack (colapso) econômico na bolsa de Nova Iorque em 1929, teria afetado as finanças familiares mudando totalmente o padrão de vida ao que estavam acostumados, desde esse momento toda a família tomaria uma nova forma austera e disciplinada de comportamento econômico que naturalmente formaria o caráter do menino Divaldo Franco.
Irmãos de Divaldo Pereira Franco
Existia uma diferença de idade importante entre os irmãos inclusive com alguns demorou vários anos em conhecê-los porque eles haviam formado sua própria família em outras cidades impossibilitando a comunicação contínua.
Primeiras manifestações de seus dons mediúnicos
Aos 4 anos de idade a lembrança mais presente para ele, são sombras ameaçantes pulando em cima dele, perturbando o sonho e atemorizando ao pequeno Divaldo, além disso seria sobressalente a interação de um Espírito que solicitava comunicar-se com sua mãe.
Maria Senhorinha
O nome do Espírito, Maria Senhorinha, a qual descreve a perfeição, trata-se da sua própria avó materna, desconhecida pela mesma Dona Ana, pois conta que ela morreu no momento do parto, e que a irmã mais velha (tia dele) reconheceria as descrições do Divaldo, e assim pela primeira vez ele transmitia uma mensagem do além-túmulo.
Indiozinho Jaguaraçú
Destaca-se a figura do amigo da infância, o indiozinho Jaguaraçú, espírito alegre que assumiria a forma de criança para acompanhar ao menino Divaldo e juntos brincar e ter aventuras que quando são narradas fazem a delícia de todos os que escutam, narra também o momento triste da despedida quando Jaguaraçú revela que não poderá estar mais com ele porque vai preparar-se para a reencarnação.
Irmã Nair
Sua irmã Nair seria também uma figura importante e marcante na vida de Divaldo, era a única que o chamava de Didi e isso ficaria impregnado nele profundamente.
O suicídio de Nair por eventos desafortunados é um dos relatos importantes do orador Divaldo Franco pois seria um dos ensinos mais importantes da sua vida, Nair deixa um vazio profundo na vida de Divaldo, sempre foram almas envolvidas de muito carinho, pode-se dizer que eles se entendiam apenas com um olhar.
Logo com os anos, a Lei de Reencarnação devolveria Nair aos braços do Divaldo adulto e a história continuaria entre tragédia e redenção.
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Primeiros anos de Divaldo em Salvador
Com propósito de aprimorar a mediunidade e as dificuldades financeiras de seu pai Francisco, decide, com autorização da família sair de Feira de Santana para Salvador, uma cidade maior que poderia permitir melhores oportunidades de emprego e naturalmente um estudo mais profundo da Doutrina Espírita.
Era 1945 e naquele tempo ficou hospedado temporariamente na casa de Dona Nanã, Divaldo sentia muita saudade da mãe, e o sofrimento aumentava pela expectativa em conseguir um trabalho que lhe permitisse o sustento, para poder assim dar uma pequena ajuda financeira à família.
Com sua inteligência tão particular, ele estava disposto a tentar qualquer trabalho que lhe pudesse brindar um pouco de independência, mas tudo parecia não concretizar.
Datilógrafo
Inesperadamente, se apresenta uma oportunidade, um cargo de datilógrafo na seguradora Sul-América, uma empresas muito importante do Brasil, aquela era a oportunidade de ter estabilidade e crescimento profissional, o salário era enorme para a época, 30 mil réis, pareceria que a oportunidade se apresentava desenvolvendo sonhos como trazer a sua família junto ele e formar-se como médico sonho que guardava em seu coração.
Passaram 13 dias desde que foi contratado e pelas dificuldades econômicas da época devido à recessão da guerra decidiram demitir as pessoas recentemente contratadas deixando somente aos empregados mais antigos.
A demissão foi devastadora para o jovem Divaldo que contava com 18 anos, a saudade pela família, o sentimento de fracasso, deprimido e com visões perturbadoras parecia cair em um poço que não tinha fim.
Professor de português
Depois de um tempo se apresentaria uma outra oportunidade e seria professor de português, de datilografia e do “Ginásio da educação da Bahia do professor Hugo Baltazar”, tempo depois por sugestão de um amigo concursaria por uma vaga no IPASE- Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado, onde continuaria seu crescimento laboral até se aposentar.
Seu vibrante temperamento, permitiria fazer-se facilmente querido por todas as pessoas, e sem perceber conheceria a pessoas que acompanharam seu trabalho ao longo da sua vida.
Como Divaldo virou espírita?
Um dia, no 23 de junho de 1944, José, irmão de 26 anos de idade, morreria na rua, de um aneurisma que se rompeu quando estava fazendo compras para a festa de São João.
Divaldo escutaria a notícia na rua, que seu irmão caio no chão e o jovem de 17 anos correu para procurar seu irmão, enfrentando-se com a tragédia de encontrá-lo morto, foi um choque para o caçula da família e maior ainda pela sua sensibilidade.
Primeiros sinais de uma obsessão espiritual
Naquela noite, começou a sentir-se febril. A mãe ainda aguardava a preparação do cadáver para o velório quando notou algo de estranho no rapaz e mandou que se sentasse.
Era uma mesa grande, com dois bancos compridos de madeira. Assim que o corpo chegou, todos se levantaram para orar o rosário de Nossa Senhora. Divaldo tentou, mas não conseguiu.
As pernas não respondiam, Divaldo havia perdido quase todo o movimento da cintura para baixo, desenvolvendo uma espécie de paralisia que o deixaria preso à cama por seis meses.
Procuraram ajuda depois de enterrar a seu irmão com os únicos dois médicos da cidade, um deles chegaria à conclusão que foi um choque emocional que levou a essa condição e que da mesma forma ele ficaria restabelecido.
Vidente de Salvador
Uma prima de Divaldo, Clarice Rosa de Souza, tomou coragem e disse saber que uma famosa vidente de Salvador estava em férias na cidade. Chamava-se Ana Ribeiro Borges e tinha fama de ajudar em casos que não tinham explicação.
Clarice foi na casa onde se hospedava Dona Ana Ribeiro, e falaria primeiro temas pessoais e propõe visitar a seu primo doente, o encontro ficaria marcado às 17 horas do 05 de dezembro, ao chegar, a médium percebe a presença do irmão fixo na coluna de Divaldo e explica que ele padece de obsessão espiritual.
Passe espírita
Receberia um passe (biomagnetismo) e devagar se restabeleceria sua saúde, Dona Ana Borges lhe deu as primeiras noções sobre o Espiritismo e recomendou que procurassem urgentemente o Centro Espírita da cidade para que Divaldo estudasse a doutrina codificada por Kardec.
Frequentaria pela primeira vez um Centro Espírita muito apesar das próprias crenças que possuía, encontraria pessoas de relevância naquela pequena sala de estudos e seria convidado na mesa de trabalho.
Depois de escutar a leitura de uma página do Evangelho Segundo o Espiritismo, cairia no profundo transe e entregaria uma mensagem de seu irmão recentemente desencarnado.
No princípio era obrigado por sua mãe, passou a frequentar o centro, depois encontraria respostas para suas dúvidas e continuaria seu entendimento a respeito do Espiritismo com seriedade e tenacidade, até os dias atuais.
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Atividades como médium psicógrafo
Aos 22 anos de idade começa o treinamento para a psicografia para depois trazermos as grandes obras dos notáveis Espíritos que ajudam à humanidade.
Em aquela oportunidade, em fevereiro de 1949, começou a sentir uma dor forte no seu braço, ao princípio pensava que se tratava de reumatismo juvenil, sentado na mesa junto com amigos, um dos convidados intuiu que poderia ser uma manifestação mediúnica.
Deram para Divaldo o papel no que estava embrulhado o pão e um lápis, nesse momento com uma grande força e velocidade escreveria perfeitamente claro e de um jeito ordenado, no final da mensagem assinaria como Marco Prisco e deixaria o recado, amanhã voltarei no mesmo horário.
Auxílio de Chico Xavier
Divaldo procurou amigos mais experientes, entre os quais estava Chico Xavier, pedindo orientação e consultando acerca desta nova missão que se lhe apresentava, recebendo por escrito, dos Espíritos, várias instruções que o estimularam para prosseguir nesta tarefa.
Então, Divaldo passou a disciplinar-se em mais este dom mediúnico, tornando-se um grande mensageiro da Imortalidade, recebendo mensagens dos Espíritos, de consolação e de vários vultos do pensamento universal. Depois de alguns anos psicografando mensagens, os Espíritos orientaram Divaldo a queimar as primeiras psicografias porque eram somente exercício mediúnico e só em 1964 ele publicou o primeiro livro psicografado “Messe de Amor”.
Livro psicografado em outro idioma
Podemos destacar também que até agora, Divaldo foi o único médium que psicografou um livro inteiramente num idioma que não era o seu, em admirável fenômeno de xenoglossia (que é falar ou escrever em idiomas que desconhece). O livro intitulado “Hacia las Estrellas” (Rumo às Estrelas), em espanhol, 1990, ed. LEAL/B.
Livros de mediunidade e obsessão
Divaldo Franco iniciou uma nova fase na literatura mediúnica pois muitos de seus livros se ocupam da área da Psicologia, Psiquiatria e Psicopatologias, relacionando-as à mediunidade e obsessão.
A Psicóloga Dra. Cristina Maria Carvalho Delou, com Pós-graduação na UERJ, e que foi Diretora da Associação Brasileira para Superdotados, em 1987, analisou os livros do Espírito Joanna de Ângelis, psicografados por Divaldo, tratando do tema Psicologia e fez um paralelo com a Quarta Força em Psicologia (Transpessoal) assim se expressando:
“Joanna é uma profunda conhecedora dos problemas humanos; sua linguagem, cientificamente, é moderna, principalmente no que diz respeito à discussão inicial sobre a mudança de paradigma… Fica este importante registro histórico”.
Divaldo psicografou 7 livros durante viagens ao Exterior para fazer palestras, nunca um médium trabalhou rotineiramente em ambas faculdades mediúnicas – a oratória e a psicografia.
São mais de 220 Espíritos que se manifestaram através de Divaldo que estão registrados em livros, quando encarnados tiveram 15 diferentes atividades profissionais muitos com prêmios e reconhecimentos como:
- Nobel,
- Acadêmicos de Letras,
- Filósofos,
- Cientistas,
- Poetas,
- Militares,
- Educadores,
- Médiuns,
- Vultos espíritas,
- Políticos,
- Presidentes da República,
- Religiosos,
- Campeões esportistas,
- Santos e Santas.
Daí para frente não descansava no seu labor mediúnica trazendo obras de grande relevância para o mundo Espírita e para todos aqueles que querem esclarecer sua alma.
Até a data atual são mais de 260 livros psicografados, sua fortaleza interior e dedicação pela humanidade faz que continue atualmente psicografando, com 93 anos apresenta novas obras como Vidas Vazias e está pronto para dar a conhecer novas obras que no momento estão em andamento (setembro 2020).
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Guia Espiritual de Divaldo Franco: Joanna de Ângelis (breve resumo)
O primeiro contato consciente com o Espírito Joanna de Ângelis foi no dia 5 de dezembro de 1945, uma terça-feira. Divaldo participava de uma das reuniões realizadas na casa de Celso e Eunice Sá Roriz e viu uma luz difusa e brilhante, ele notou que a entidade o acompanhava desde a infância, e escutou com maior nitidez sua voz:
“Eu tenho a tarefa de caminhar ao teu lado nesta atual existência. Não te prometo regalias ou facilidades.” – Trecho do livro “Divaldo Franco” (Ana Landi)
Foi quando Divaldo perguntou pelo nome do Espírito e assim respondeu: “Chame-me Espírito amigo”, Divaldo não ficou conformado com aquele nome que achava genérico, foi depois que apresentou o nome que hoje conhecemos “Joanna de Ângelis”.
Com o tempo ela revelaria passagens das suas experiências no plano material.
“Joanna explicou que, em sua última reencarnação, havia sido Joana Angélica de Jesus, a abadessa do convento da Lapa, em Salvador, que tinha dado a vida nas lutas pela Independência da Bahia. Joana morreu transpassada por uma baioneta guardando a porta principal do convento em que vivia. Com seu ato, garantiu que as monjas escapassem por uma saída secreta da fúria dos soldados portugueses.” – Trecho do livro “Divaldo Franco” (Ana Landi).
Demorou vários anos para que ela revelasse seu nome e as experiências anteriores na vida terrestre, esclarecendo que a maturidade é importante para desempenhar os trabalhos e aprofundar as relações.
“Quem pretende abraçar uma causa do porte que possui o Espiritismo deve aprender com o tempo a disciplinar a vontade.” – Trecho do livro “Divaldo Franco” (Ana Landi)
Missão
Neste momento revela para Divaldo, dizendo que vai escrever muito por meio das suas mãos porque existe uma grande família espiritual que espera atrair através de seus esclarecimentos para o trabalho renovador de todo o plano terrestre.
Assim belas páginas escritas na tranquilidade da madrugada foram feitas para o consolo e força de pessoas que procuram o bem em sua vida ajudando encontrar sentido a seu sofrimento e ressignificando sua vida.
Vidas passadas do Espírito amigo: Joanna de Ângelis
No ano 1969, Divaldo estava realizando uma conferência em uma loja maçônica em México, observou a sua mentora apontar a um jovem que estava encarregado em gravar a conferência e prestava especial atenção a exposição do médium, compreendeu de imediato que ele fazia parte da família espiritual, no final conversou com o jovem para ir ao vale de San Miguel de Nepantla.
Sor Juana Inés de la Cruz
Em aquele vale aconteceria uma das fascinantes vidas da mentora Joanna de Ângelis, como Sor Juana Inés de la Cruz, portadora de uma inteligência ímpar que se destacou por toda sua capacidade desde os 3 anos de idade aprendendo a ler, escritora de textos profundos é um vulto da humanidade.
Joanna de Cusa
As vinculações entre ambos eram esclarecidas muitas vezes durante as viagens, em uma viagem a Roma junto com Nilson a mentora narra outra das suas existências como Joanna de Cusa e como foi sacrificada junto com seu filho por se recusar a negar Jesus.
Ela narra que antes do episódio Jesus pediu para manter seu lar, amar e perseverar, mas no momento final não ficaria longe de Jesus.
Narra toda a história através da mediunidade de Divaldo com afetividade e clareza para demonstrar as conexões que os uniam e revela que Nilson foi seu filho naquela vida, filho que seria sacrificado junto dela e que agora com vibrações de amor era parte da construção de um mundo de paz por meio de um trabalho de educação.
Divaldo ficaria tocado especialmente ao visitar a bela cidade de Assis, onde a mentora se apresenta enquanto ele psicografava na porciúncula, sua doce imagem deixaria profundamente tocado ao médium reafirmando os compromissos e o trabalho em conjunto.
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Divaldo Franco e a Mansão do Caminho
Os amigos, Divaldo e Nilson, voltavam de trem desde Plataforma, no ano 1948, haviam ido atender uma prima de Nilson que estava adoentada. Divaldo reclinou-se na poltrona e, olhando pela janela do vagão, notou uma grande pedreira, na região de Lobato.
Uma tontura estranha tomou conta dele levando-o a uma espécie de transe, Divaldo narra que se viu transportado para aquela pedreira e se transforma em uma visão reveladora. Em aquela visão olhava várias construções e casas diferentes, o lugar era florido e alegre, e no fundo estava um homem de idade avançada rodeado de crianças…
Revelação profética
Então, Divaldo foi aproximando-se até aquele ancião e quando ele se encontrava mais ou menos a dois metros de distância, aquele homem virou-se.
Divaldo tomou um grande susto, se deu conta de que aquele homem era nada mais e nada menos que ele próprio, envelhecido, imediatamente ele despertou e ouviu uma voz clara que dizia: “Isso é o que farás da tua vida, serás educador”.
Não somente Divaldo havia tido uma experiência nesse momento, Nilson quase ao mesmo tempo teria uma visão similar, Nilson havia olhado os planos de uma enorme instituição que logo depois eles conseguiram concretizar, os dois colegas ficaram surpresos com aquela experiência e contaram suas respectivas visões.
A princípio, como é natural, julgaram que somente tratava-se de um sonho, depois entenderam que se tratava de uma verdade ou profecia.
Manifestação de entidades
Pouco depois, Divaldo participava de uma reunião mediúnica com Abel Mendoça, a professora Rachel Ribeiro, Nilson e outros poucos amigos quando, em transe, algumas entidades se comunicaram.
Avisaram que existia um planejamento para que Divaldo, Nilson e seus colaboradores se dedicassem a uma obra de educação, foram esclarecidos nesta reunião que primeiro recolheram crianças aceitando-as como filhos e, posteriormente, por meio de um sistema de lares substitutos que seria instalado em uma espécie de comunidade.
Desde esse momento os membros do Centro Espírita Caminho da Redenção passaram a canalizar esforços para a aquisição de uma sede própria que permitisse atender à recomendação dos Espíritos.
Leilão do casarão: Mansão dos Silva
Em 1950, Divaldo leu nos jornais que haveria o leilão de um casarão de três andares situado próximo ao Centro Espírita Caminho da Redenção, na própria rua Barão de Cotegipe, no número 124. O imóvel era conhecido como Mansão dos Silva e estava em condição de massa falida.
A oportunidade de adquirir aquele imóvel era mínima, mas resolveu participar, naturalmente faltava o mais importante “o dinheiro”, nesse momento chegou a inspiração para Divaldo em realizar um jogo de tômbola.
O prêmio seria um veículo, Divaldo foi até uma concessionária de automóveis, porém o dono disse que só liberaria o carro mediante entrada em dinheiro e assinatura de um avalista, e ele não dispunha de nenhum dos dois.
Oportunidade
Com grande tristeza e voltando para casa, de repente, lhe apareceu um Espírito que disse chamar-se José Nunes de Matos, a entidade pedia que Divaldo telefonasse para seu filho, o engenheiro José Nunes de Matos Filho, que ele poderia ajudá-lo.
Passou o número para o médium e ele ligou, o senhor não se encontrava em casa, mas Divaldo insistiu, a esposa, Alice, aceitou recebê-lo para esperar o marido, ao desligar o telefone, deu-se conta de que havia esquecido de perguntar o endereço.
Perguntou para o mesmo Espírito o endereço, Rua Amélia Rodrigues n° 2, bairro da Graça e ao chegar, Matos Filho já o esperava, mesmo estando impressionado com o relato, o engenheiro contou-lhe que a obra parecia justa e a história sobre o pai estranha, mas com dados que ninguém conhecia, porém nesse momento ele não tinha nenhum recurso.
O Espírito novamente se comunicou com Divaldo dizendo:
– Ele não está sabendo, mas ganhou um pagamento relativo a um serviço que fez no sul do Estado, este pagamento está na sua conta do Banco do Brasil.
Conquista
José Nunes ficou tão intrigado que decidiu ir à agência confirmar. O dinheiro realmente estava lá, Matos Filho emprestou-lhe a quantia para a entrada do veículo sem garantias e a tômbola foi um sucesso.
Dessa forma conseguiram arrematar o imóvel por 530 mil cruzeiros, o fechamento oficial do negócio demorou por alguns meses até a páscoa de 1952 onde todo seria concretizado, lá confrontam-se com outros problemas, os antigos donos não queriam abandonar a casa; porém depois de os antigos donos presenciar alguns fenômenos os motivaram a sair da casa.
Inauguração da Mansão do Caminho
A Mansão do Caminho foi finalmente inaugurada no dia 15 de agosto de 1952. O nome é uma homenagem à Casa do Caminho, primeira comunidade cristã da história, fundada por Simão Pedro com a ajuda dos apóstolos Natanael (Bartolomeu), Tiago (São Tiago Maior), Filipe e João.
As crianças chegavam e a instituição se fortalecia em amor e trabalho, as entidades bondosas tomavam conta da Mansão do Caminho e de todos aqueles que com coração bondoso abriram seus corações para a caridade bem compreendida.
Em 1955 foi adquirido o terreno de 78.000 metros quadrados onde hoje se encontra a Mansão do Caminho no bairro de Pau da Lima, em Salvador, a Mansão do Caminho começou funcionando com lares para crianças órfãs ou socialmente órfãs, objetivando reconstruir o ambiente familiar.
Trabalho social para crianças, adolescentes e adultos carentes
Com o tempo, os lares foram sendo substituídos por grupos escolares, oficinas de capacitação profissional e outras atividades sociais de promoção social, apoiando crianças, adolescentes e adultos carentes provenientes de bairros de baixa renda próximos, fornecendo a eles educação integral.
A instituição atende, gratuitamente, cerca de 3.600 crianças e adolescentes por dia, além de adultos e idosos carentes. Para os alunos das escolas, crianças da Creche A Manjedoura e o ensino médio no Colégio Nilson de Souza Pereira, albergados da Caravana Auta de Souza e funcionários, a Mansão do Caminho fornece cerca de 5.000 refeições por dia.
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Centro Espírita de Divaldo Franco: Centro Espírita Caminho da Redenção
As reuniões mediúnicas e de atendimento ao público gerava nos vizinhos mais intolerantes críticas ou assédio do público por ser uma região exclusivamente familiar.
Em 1947, o pequeno grupo de amigos precisou deixar de utilizar a casa de Dona Nanã para dar continuidade aos trabalhos, o amigo Celso Roriz cedeu um quarto da sua própria residência, onde passaram a se reunir, não demorou muito para que o novo endereço também se tornasse inviável.
A fama de Divaldo se espalhara e o médium se recusava a deixar alguém fora das reuniões.
Freitas e o Centro Espírita Caminho da Redenção
No dia 5 de setembro daquele ano, um domingo, um prestigiado conferencista espírita do Rio de Janeiro, José de Costa Freitas, chegou a Salvador para falar no auditório da União Espírita Baiana.
Divaldo ficou impressionado no final da palestra, Divaldo criou coragem e se aproximou, tímido com 20 anos só, apresentou-se como médium iniciante e contou sobre a entidade veneranda que viu inspirar o visitante durante toda a conferência.
Costa Freitas explicou as vantagens que um endereço próprio propiciaria. E se ofereceu para ajudá-los. Antes, sugeriu um nome para a instituição: Centro Espírita Caminho da Redenção.
Sem perder tempo, tomando por modelo os estatutos da própria União Espírita do Estado, Freitas redigiu a primeira ata do novo Centro Espírita Caminho de Redenção, dois dias depois, na data 7 de setembro de 1947, às 10 horas da manhã, em um salão na residência de uma das frequentadoras das reuniões domésticas, Dona Ethelvina Perrone, na rua Barão de Cotegipe, 224, teve lugar a inauguração do Centro.
Serviço de apoio: “Invasão”
A primeira tarefa do grupo foi criar um serviço de apoio aos sofredores da região, conhecida como “Invasão”.
Alguns colaboradores escolheram algumas das famílias locais e passaram a visitá-las, entregando mantimentos e apoio, este trabalho motivou a formar em setembro de 1948 a Caravana Auta de Souza, em homenagem à poeta nascida em 1876, setor que ainda hoje dá apoio a 500 famílias necessitadas.
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Filme: Divaldo, O Mensageiro da Paz
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Bibliografia
· Artigo de Washington L. N. Fernandes, de São Paulo, SP. Em 01.03.2010
· LANDI, Ana. “Divaldo Franco”. Bella Editora, 2015.
MARAVILHOSO, ENCANTADOR E ÚNICO.
Com certeza, alguém que entregou sua vida aos outros. Muita paz.