Já parou para pensar sobre a relação entre a maternidade e o Espiritismo?
Esses temas estão muito interligados, afinal, é por intermédio da maternidade que um espírito tem a oportunidade de reencarnar.
No entanto, muitas questões como a missão dos pais com os filhos, a adoção e o aborto, por exemplo, geram dúvidas e discussões.
Neste conteúdo, vamos esclarecer alguns pontos primordiais acerca desse assunto.
Continue a leitura e confira!
Maternidade e o Espiritismo: qual é a relação?
A maternidade segundo o Espiritismo, assim como a paternidade, possui uma forte e importante relação.
Isso se explica pelo fato de que é por meio da concepção que um espírito pode habitar novamente o plano terrestre.
Em grande parte dos casos, o espírito que reencarna tem ligação direta com os pais e precisa habitar aquele lar para resolver pendências de outrora ou compartilhar novos desafios com o apoio de seus genitores realizando um exercício do amor universal.
Assim, torna-se dever dos pais cuidar e instruir seu filho para que ele possa evoluir independentemente de sua condição física, moral ou espiritual.
O que é ser mãe para o Espiritismo?
Para o Espiritismo, ser mãe é auxiliar outro espírito em sua caminhada evolutiva, consequentemente, contribuindo e assumindo uma co-responsabilidade com o Criador.
Os filhos recebidos podem ter laços de afinidade ou de resgate e corroboram para a superação de desafios e constante renúncia dos envolvidos em prol do bem coletivo.
Ser mãe não é uma tarefa simples, porém, é edificante, como nos ensina O Livro dos Espíritos:
Pergunta 890: “Será uma virtude o amor materno, ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais?”
Resposta: “Uma e outra coisa. A Natureza deu à mãe o amor a seus filhos no interesse da conservação deles. No animal, porém, esse amor se limita às necessidades materiais; cessa quando desnecessários se tornam os cuidados. No homem, persiste pela vida inteira e comporta um devotamento e uma abnegação que são virtudes. Sobrevive mesmo à morte e acompanha o filho até ao além-túmulo. Bem vedes que há nele coisa diversa do que há no amor do animal.”
A missão da maternidade na visão espírita
A sublime missão da maternidade segundo o Espiritismo é a de receber, com amor incondicional, uma alma carente de depuração.
Bem como, ser educadora e facilitadora para os espíritos de luz que habitam o plano terreno a fim de minimizar as aflições.
É uma missão complexa e, muitas vezes, dolorosa.
No entanto, promove à criatura grande crescimento moral, quando tal desafio é encarado com fé e sabedoria.
O que o Espiritismo fala sobre a maternidade?
O Espiritismo esclarece que a maternidade é fundamental na formação dos homens.
Afinal, são as mães que educam e direcionam seus filhos.
Logo, a maternidade tem como papel auxiliar na evolução espiritual dos indivíduos encarnados.
Ou seja, é um grande compromisso com Deus, que é feito ainda no plano espiritual e deve ser recebido como missão na terra.
Visão espírita sobre a maternidade
A maternidade está relacionada à concepção de uma vida, mas ela não se restringe a isso.
Infelizmente, existem muitas mães biológicas negligentes ou que desencarnaram antes de conseguirem educar e direcionar seus filhos.
Nesses cenários, entram as figuras femininas que se tornam mães de consideração e cumprem a visão espírita sobre a maternidade.
Ou seja, se colocam como alicerce do espírito necessitado de seus cuidados.
A seguir, vamos conversar sobre temas que geram muitos debates e reflexões.
1. Família e educação dos filhos
Os espíritos que se unem no seio familiar podem ter laços de afinidade ou de resgate.
Logo, a família deve estar bastante preparada para os desafios da convivência.
Isso significa que é primordial ter uma base moral e espiritual sólida, objetivando a evolução de todos e o amor mútuo.
A prática do Evangelho no Lar é bastante recomendável para que a família esteja unida e a educação dos filhos seja feita com base nas leis do Criador.
2. Quando a maternidade não vem: infertilidade e a dificuldade em engravidar
De acordo com a Doutrina Espírita, nada nos ocorre por má sorte ou por acaso.
Logo, quando a maternidade é desejada e não vem, isso significa que há algo a depurar, seja dessa ou de outra encarnação tanto do espírito reencarnante como dos pais.
Então, mesmo sendo uma situação frustrante, nada escapa aos olhos e à Justiça de Deus.
Ou seja, a maternidade chegará da maneira correta, quando a mãe estiver preparada e aprendido as lições para sua evolução.
Em muitos casos a espiritualidade dá “dicas” para essas mulheres sobre os motivos de sua infertilidade que as ajudam a lidar de maneira resignada.
3. Aborto na visão espírita
O aborto, na visão espírita, é um crime e uma atitude que atrasa o avanço espiritual de todos os envolvidos no ato.
Aborto, somente quando a mãe está correndo risco de vida e poderá dar à luz em outra oportunidade
Vejamos o que os espíritos nos esclarecem acerca desse tema em O Livro dos Espíritos:
(Pergunta 357) “Que consequências tem para o Espírito o aborto?”
Resposta: “É uma existência nulificada e que ele terá de recomeçar.”
(Pergunta 358) “Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?”
Resposta: “Há crime sempre que transgredimos a Lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, pois isso impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.”
4. Adoção na visão espírita
O Espiritismo crê que os laços entre os espíritos vão além das semelhanças genéticas, mas se relacionam com a capacidade de juntos depurar falhas e evoluir.
Logo, a adoção é um ato fraterno, capaz de unir almas que irão colaborar para o crescimento mútuo.
Além disso, a adoção pode ser considerada em casos de infertilidade, uma vez que a maternidade vai além da concepção.
Sonho de ser mãe vs repulsa pela maternidade
A maternidade é considerada um sonho de muitas mulheres que conseguem sentir como missão o auxílio a outro espírito.
Já a repulsa pela maternidade pode estar relacionada a inúmeros fatores.
O Livro dos Espíritos nos esclarece da seguinte maneira:
(Pergunta 891) “Estando na Natureza o amor materno, como é que há mães que odeiam os filhos e, não raro, desde a infância destes?”
“Às vezes, é uma prova que o Espírito do filho escolheu, ou uma expiação, se aconteceu ter sido mau pai, ou mãe perversa, ou mau filho, noutra existência (392). Em todos os casos, a mãe má não pode deixar de ser animada por um mau Espírito que procura criar embaraços ao filho, a fim de que sucumba na prova que buscou. Essa violação das Leis da Natureza, porém, não ficará impune, e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos de que tenha triunfado.”
O que o Espiritismo fala sobre mulheres que não têm filhos?
Existem inúmeras situações que podem levar uma mulher a não ter filhos, como uma impossibilidade biológica, e isso é levado em consideração.
De acordo com a Doutrina Espírita, contudo, os casais que rejeitam tal programação espiritual podem cumprir tal missão de maneira mais dolorosa.
No entanto, as circunstâncias são levadas em consideração e o que mais importa é que os pais recebam os filhos de forma estruturada e preparados para melhor orientá-los.
Filho único segundo o Espiritismo
De acordo com o Espiritismo, tudo acontece de acordo com o propósito evolutivo.
Logo, não há problemas em ter um filho único.
Isso pode significar que aquele espírito precisa depurar suas questões de maneira individual no seio familiar, por exemplo.
O que de fato importa é que a criação desse filho seja feita em sincronia com os princípios de amor e caridade.
E a paternidade, segundo o Espiritismo?
A maternidade representa uma missão sublime, no entanto, o pai é o canal que Deus utiliza para entregar o espírito.
Logo, é incontestável a responsabilidade paterna, como nos explicam os espíritos em O Livro dos Espíritos:
(Pergunta 582) “Pode-se considerar como missão a paternidade?”
Resposta: “É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que o pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro (…)”
Mensagem espírita sobre maternidade
A mensagem a seguir está no livro Vida Feliz, ditado pelo espírito de Joanna de Ângelis e psicografado pelo médium Divaldo Franco:
“Ser pai ou mãe é uma grande responsabilidade. Cada criatura traz o destino que organizou para si mesma em reencarnações passadas. No entanto, ela nunca deixará de assimilar os exemplos vividos no lar pelos pais. A primeira escola é, pois, o lar, e este, por sua vez, é o resultado da conduta dos esposos que se devem esforçar para fazê-lo agradável, honrado e rico de paz. Abençoa o teu filho com as tuas palavras e conduta, fazendo-te amigo dele em todas as situações. Os filhos, como todos nós, somos de Deus, e prestarás conta do empréstimo que te foi concedido para educar.”
Palestra espírita sobre maternidade
Para melhor compreender a visão espírita sobre maternidade, vale a pena assistir às palestras que serão citadas abaixo.
Psicologia Espírita com Joanna de Ângelis – Ser Mãe
A palestra Psicologia Espírita esclarece a importância do afeto entre mãe e filho para o desenvolvimento da criança, bem como a função materna de acolhimento, sensibilidade e proteção.
Assista:
A missão da maternidade por Raul Teixeira
A emocionante palestra sobre a missão da maternidade fala sobre a importância e representatividade das mães na formação moral.
Veja o vídeo:
O Instante de Gestação em que ocorre a Reencarnação por Chico Xavier
A palestra sobre o instante de gestação em que ocorre a reencarnação é um lindo esclarecimento sobre o processo reencarnatório.
Ela esclarece a grande importância da figura materna no auxílio ao reencarne de um espírito.
Assista no vídeo:
Filhos adotivos por Divaldo Franco
A palestra sobre filhos adotivos explicita a beleza no ato da adoção e da comunhão fraterna entre os espíritos.
Você pode ver abaixo:
Conclusão
A maternidade e o Espiritismo possuem uma linda e profunda relação, como pudemos perceber.
Logo, é importante que o papel da mãe seja honrado e valorizado, uma vez que é o responsável por promover auxílio aos espíritos que retornam a este plano terrestre.
E você, como é a sua relação com a maternidade?
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