Olá, amigos do Conteúdo Espírita! Finalmente conseguimos reunir nesse conteúdo, riquíssimas observações e informações comprovadas sobre Allan Kardec! Nesse artigo, vamos falar sobre “Quem foi Allan Kardec?” Por que esse nome é tão falado na Doutrina Espírita? Qual foi a missão desse espírito reencarnado no século XIX? Curiosidades sobre Allan Kardec, Principais Livros de Allan Kardec, etc.
Você sabia, que Allan Kardec, esse personagem tão importante na história do Espiritismo, era cético em relação à comunicação dos espíritos e aos fenômenos das mesas girantes?
Mas, foi justamente esse questionamento lógico que permitiu que ele próprio, com a ajuda do plano espiritual, formulasse um método de pesquisa que seria irrefutável e traria ao mundo provas sobre a veracidade de tudo aquilo e finalmente reuniria esses conhecimentos na obra misericordiosa da Doutrina Espírita que é o Consolador prometido por Jesus.
Vamos lá!
Quem foi Allan Kardec?
Allan Kardec, cujo nome verdadeiro era Hyppolyte Léon Denizard Rivail nasceu na França, em 1804 e dedicou 30 anos de sua vida à educação. Bacharel em Letras, educador e tradutor, tendo escrito diversas obras pedagógicas e uma de gramática francesa clássica. Foi destacado discípulo e ativo propagador do método do educador Henri Pestalozzi e chegou a substituí-lo na direção, nas suas ausências, no eminente educandário de Yverdon (Suíça), considerado modelo para toda a Europa.
Após ser apresentado aos fenômenos das “Mesas Girantes”, observou que por detrás daquela curiosidade existia algo de maior valor e profundidade. Estudou as comunicações dos seres “imortais”, como se autodenominavam e concluiu sua autenticidade.
Codificador do Espiritismo
Foi convidado, pelos Espíritos, a ser seu intermediário para entregar ao mundo uma nova ciência e uma nova filosofia de consequências morais baseada no Evangelho de Jesus Cristo e por isto considerado como o Codificador do Espiritismo.
Assim, adotou o pseudônimo de Allan Kardec, para que seu nome não influenciasse nas publicações dos livros que constituiriam a base da Doutrina Espírita.
Reconhecido pelo notável astrônomo francês Camille Flammarion como “O bom senso encarnado”, Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e a Revista Espírita (Revue Spirite), que foram fundamentais para a difusão do Espiritismo em todo o mundo.
Kardec como embaixador do Espírito de Verdade, sistematizou, coordenou, organizou, e finalmente codificou a Doutrina Espírita, que constitui o “Consolador” prometido por Jesus.
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Porque o nome Allan Kardec?
Ao se dedicar aos estudos dos fenômenos espirituais, participava de reuniões onde ocorriam as comunicações entre os vivos e os ditos: mortos ou Espíritos. Durante uma reunião mediúnica na casa da família Baudin, em Paris, um espírito de nome Zéfiro se manifestou e afirmou que ele tinha conhecido o professor Rivail em uma vida anterior, no tempo dos Druidas, quando eles viveram juntos em Gália.
De acordo com Zéfiro, naquela época, Rivail se chamava Allan Kardec. E para que seu nome de educador famoso não influenciasse na nova doutrina nascente, quando publicou “O Livro dos Espíritos” em 1857, e que, sendo aquele livro de autoria dos Espíritos que ditaram a obra optou por adotar o pseudônimo de “Allan Kardec” em todos os seus novos trabalhos. Foram 23 volumes dedicados à Doutrina Espírita em mais de 12 anos de escritos e pesquisas lúcidas, científicas e exaustivas, um verdadeiro legado deixado para todos nós.
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O jovem Rivail
Descendente de uma família de magistrados, nasceu em Lyon, na França, o menino Hyppolyte, era filho de Jean Baptiste-Antoine Rivail, juiz de campanha e Jeanne Louise Duhamel, sua esposa, residentes à rua Sala, N° 76. A família viveu nos arredores da cidade de Lyon, no distrito de Bourg-em-Bresse uma comuna francesa, capital do Departamento de Ain. Quando completou dez anos mudou-se para a cidade de Yverdon-les-Bains na Suíça para estudar no Instituto Pestalozzi, pioneiro da pedagogia moderna, que introduziu na Europa seu novo método de ensino baseado na intuição (extrair de dentro) como fonte do conhecimento.
Allan Kardec Educador: antes da Doutrina Espírita
As atividades diárias e a formação acadêmica de Rivail no Instituto Pestalozzi certamente lhe fortificaram o corpo, nutriam-lhe o espírito e moralizaram-lhe o coração. Com um programa educacional completo e aprimorado, muitos franceses e alemães ilustres foram também ali educados. A organização e o método de ensino abrangiam as disciplinas de Química, Física, Biologia, Mineralogia, Botânica, Zoologia, Anatomia comparada, História natural, Fisiologia, Psicologia, ensino de línguas como Grego, Latim, Italiano, Inglês, Francês e o Alemão. As Matemáticas compreendiam Cálculo, Aritmética superior e Geometria. Estudava-se também a Geografia e até Astronomia. Incluía-se Belas Artes, Desenho, Música e Ensino Religioso e Moral.
Após a pacificação europeia com o fim das guerras napoleônicas, cativando a simpatia e admiração dos mestres, Denizard Rivail, aos 14 anos, tornou-se eficiente colaborador da escola, ensinando aos menos adiantados. Mais tarde, recebendo também a educação formal superior no Instituto (Escola Normal), ampliou seus conhecimentos e experiência que seriam importantes na publicação de seus próprios livros didáticos no futuro.
Atividades educacionais
Em data controversa entre seus biógrafos, provavelmente Rivail teria se desligado do Instituto Pestalozzi em 1822, retornou a Lyon e em seguida transferiu-se para Paris e estabeleceu residência à rua da Harpa, Nº 117. Ali encontrou oportunidades de continuar suas atividades educacionais.
Entre as suas vinte e duas (22) obras de educação, citaremos as seguintes, conforme citação na Revista Espírita de maio/1869:
- Plan Proposé pour L’amélioration de L’éducation Publique (Plano proposto para melhoramento da Instrução pública) (1828).
- Cours pratique et théorique d’arithmétique, d’après la méthode de Pestalozzi, à l’usage des instituteurs et des mères de famille (Curso prático e teórico de Aritmética, segundo o método de Pestalozzi, para uso dos professores e das mães de família) (1824).
- Grammaire française classique (Gramática francesa clássica) (1831).
- Manuel des examens pour les brevets de capacité (Manual dos Exames para os títulos de capacidade).
- Solutions raisonnées des questions et problèmes d’arithmétique et de géométrie (Soluções racionais das questões e problemas de Aritmética e de Geometria) (1846).
- Catéchisme grammatical de la langue française (Catecismo gramatical da língua francesa) (1848).
- Programme des cours usuels de chimie, physique, astronomie, physiologie qu’il professait au Lycée Polymathique (Programa dos cursos usuais de Química, Física, Astronomia, Fisiologia, que professava no Liceu Polimático).
- Dictées normales des examens de l’Hôtel de Ville et de la Sorbonne, accompagnées de Dictées spéciales sur les difficultés orthographiques (Ditados normais dos exames da Municipalidade e da Sorbona, seguidos de Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas) (1849), obra muito apreciada na época do seu aparecimento e da qual ainda recentemente eram tiradas novas edições.
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Allan Kardec e as mesas girantes
A partir de 1853, após a ocorrência dos acontecimentos de Hydesville, na América do Norte, a Europa inteira tinha as atenções voltadas para os fenômenos das chamadas “mesas girantes e dançantes”, considerado o maior acontecimento do século, pela imprensa e autores da época. E eminentes cientistas, como Faraday, Chevreul, Arago, Babinet, dentre outros, se dedicaram a descobrir suas causas e explicá-las. Na França, especialmente em Paris, a Alta Sociedade reunia-se em elegantes salões para espalmar as mãos sobre as mesas no intuito de fazê-las movimentar, escrever sobre uma ardósia na tentativa de entrar em contato com os Espíritos.
As mais diversas teorias surgiam e logo eram desprezadas por não corresponderem aos fatos observados. A mais coerente era dos estudiosos do “Magnetismo” que supunham que era consequência da ação de um fluido elétrico ou magnético de propriedades desconhecidas. O Prof. Denizard Rivail era conhecedor do assunto como ele declara no livro “Obras póstumas” e seu amigo Sr. Fortier lhe trouxe uma estranha novidade: as mesas falam e respondem perguntas, demonstram certa inteligência. Era em fins de 1854, quando Rivail respondeu ao seu colega: “Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula. Até lá, permita que eu não veja no caso mais do que um conto da carochinha”.
Rigor científico e ético
Percebemos o rigor científico e ético do Prof. Rivail, que em 1855, na casa da Sra. Plainemaison, presenciou pela primeira vez o fenômeno e declarou que “não deixavam margem a qualquer dúvida”, pois recebeu respostas inteligentes por meio de pancadas, ardósias escritas, cestas presas à uma pena e disse mais tarde que “antevia” naquelas aparentes futilidades, qualquer coisa de sério, como a revelação de uma nova lei, “que tomei a mim investigar a fundo”.
Seguiu seus estudos através das reuniões na residência da família Baudin, e em 1856 começou a desenhar seu projeto de “um livro que um dia, há de reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e caridade”, conforme disse o Espírito de Verdade nos Prolegômenos de “O Livro dos Espíritos”.
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Allan Kardec é o codificador ou criador do Espiritismo?
Segundo o dicionário Aurélio, criar é: compor na mente; conceber ou inventar e codificar, significa: reunir vários conteúdos numa só obra; compilar.
Diferenciamos os termos para salientar que coube ao Prof. Rivail, observar, comparar, julgar os fatos, cuidar e perseverar na sua intenção e concluir que realmente eram os Espíritos dos que morreram a causa inteligente dos fenômenos e extraiu daí, por dedução, as leis que regem esses fenômenos, de consequências filosóficas, científicas e religiosas.
Novamente no livro “Obras Póstumas” o Prof. Rivail revela que compreendeu a gravidade daqueles fenômenos e que eram a “chave” para o futuro da humanidade e a solução que procurava em toda a sua vida. Começou a levar para as sessões uma série de perguntas sobre problemas diversos e os Espíritos sabiamente respondiam. Percebeu que aquilo se constituía de “um todo” e que dadas as suas proporções, constituía uma doutrina, e se dispôs a publicar os ensinos recebidos, para a instrução de toda a gente.
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Qual era a missão de Allan Kardec?
Em 1856, Rivail recebeu a primeira revelação de que teria uma missão importante a cumprir. Através da médium Srta. Japhet, o Espírito da Verdade lhe comunicou que ele poderia triunfar ou falir, que outro poderia tomar-lhe o lugar, pois a tarefa seria de muita responsabilidade. Sua obra deveria constituir-se como a Terceira Revelação, o “Consolador” prometido por Jesus.
Hippoliyte Léon Denizard Rivail dedicou seu tempo, seu repouso, sua vida na comunhão entre os dois mundos, acumulava intenso trabalho e estudo na formatação de “O Livro dos Espíritos”. A partir de 50 cadernos de comunicações diversas da Srta. Japhet, seus pais delegaram ao nobre professor, a tarefa de separar, compilar, comparar, condensar e coordenar aquelas mensagens que os Espíritos ditaram à médium sonambúlica (inconsciente).
A tarefa era hercúlea, sistematizar centenas de ditados, vindas de diversas fontes mediúnicas, principalmente das Srtas. Baudin na presença de numerosa e seleta assistência. Desenvolvia, completava, remodelava e apresentava o resultado aos Espíritos missionários, que muitas vezes recomendavam uma nova revisão.
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O Livro dos Espíritos – A fundação do Espiritismo
A primeira edição de “O Livro dos Espíritos” foi publicada em 18 de abril de 1857, com 176 páginas e 501 perguntas e respostas sobre a “Doutrina Espírita”, as “Leis Morais” e um capítulo especial das “Esperanças e Consolações”. Esta data marca a fundação do Espiritismo. Novas edições foram realizadas e o volume foi ampliado, em sua 2ª edição, contendo 1019 perguntas e aproximadamente 500 páginas.
Milhares de exemplares foram vendidos e o efeito foi surpreendente, até para Rivail e os editores. O sucesso trouxe elogios, mas também críticas e seus detratores.
Allan Kardec, como passou a ser conhecido, iniciou a publicação de um Periódico mensal, a Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos – que circulou pela primeira vez em Paris, no dia 1º de janeiro de 1858, e foi publicada sob a responsabilidade direta de Allan Kardec até a sua desencarnação, ocorrida em 31 de março de 1869, passando, a partir de então, a ser administrada pelos seus continuadores até os nossos dias.
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
Fundou em 1º de abril de 1858, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas tendo como objetivo: “O estudo de todos os fenômenos relativos às manifestações espíritas e suas aplicações às ciências morais, físicas, históricas e psicológicas”.
Passou a corresponder-se com uma infinidade de pessoas que leram seus livros elogiando ou criticando (adeptos ou adversários), e a todos respondia com gentileza.
Mas sua missão ainda não estava concluída, prosseguiu trabalhando e publicou as cinco obras fundamentais (pentateuco Espírita), formado pelos volumes a seguir:
- O Livro dos Espíritos, lançado em 1857, abordando as causas primárias, o mundo dos Espíritos, as leis morais e as esperanças e consolações segundo a visão espírita.
- O Livro dos Médiuns, segunda das cinco obras básicas do espiritismo, publicada em 1861, na França que aborda os fenômenos da Mediunidade, a comunicação entre os encarnados e os Espíritos, e o surpreendente capítulo sobre as Obsessões.
- O Evangelho Segundo o Espiritismo, lançada em abril de 1864, revela a vinculação religiosa da Doutrina Espírita com Jesus relacionando os ensinos evangélicos sob a óptica da Doutrina Espírita.
- O Céu e o Inferno, quarta das cinco obras básicas do Espiritismo, lançada em 1865, na França, que na primeira parte examina criticamente as crenças religiosas e suas incoerências com o conhecimento atual. Na segunda, dezenas de diálogos dos Espíritos, os quais narram suas impressões que trazem do além-túmulo.
- A Gênese, obra publicada em 6 de janeiro de 1868, aborda diversas questões de ordem filosófica e científica, como a criação do Universo, a formação dos mundos, o surgimento do Espírito segundo o paradigma espírita de compreensão da realidade.
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Curiosidades sobre Allan Kardec
Madame Allan Kardec
Allan Kardec se casou em 1832 com a também professora Amélie-Gabrielle Boudet, parceira de Mme. Pestalozzi no Instituto de Yverdon, na educação das crianças e jovens. Autora de três livros: um de contos, outros de desenho e Belas Artes, disciplinas as quais lecionava. Amélie tinha nove anos à mais que o Prof. Rivail, mas era jovial física e espiritualmente. Não tiveram filhos, porém educaram muitos.
Narra Zêus Wantuil, que em 1835, o casal sofreu significativo revés. O Instituto foi obrigado a fechar suas portas. Possuindo, porém, sua esposa altamente compreensiva, resignada e corajosa, fácil lhe foi sobrepor-se a esses tormentosos acontecimentos. Amparando-se mutuamente, ambos se lançaram a maiores trabalhos. Durante o dia, enquanto Rivail se encarregava da contabilidade de casas comerciais, sua esposa colaborava de alguma forma na preparação dos cursos gratuitos que haviam organizado na própria residência, e que funcionaram de 1835 a 1840.
Acompanhando o esposo nessas investigações, era de se ver a alegria emotiva com que Amélie tomava conhecimento dos fatos que descerravam para a Humanidade novos horizontes de felicidade. Após observações e experiências inúmeras, o professor Rivail pôs mãos à maravilhosa obra da Codificação, e é ainda da sua cara esposa, então com 60 anos, que ele recebe todo o apoio moral nesse cometimento. Tornou-se ela verdadeira secretária do esposo, secundando-o nos novos e bem mais árduos trabalhos que agora lhe tomavam todo o tempo, estimulando-o e incentivando-o no cumprimento da sua missão.
Sociedade Anônima do Espiritismo
Profundamente convencida da verdade dos ensinos espíritas, ela buscou garantir a vitalidade do Espiritismo no futuro, e, conforme ela mesma o disse, melhor não saberia aplicar o tempo que ainda lhe restava na Terra, antes de reunir-se ao esposo. Esforçando-se por concretizar os planos expostos por Allan Kardec em “Revue Spirite” de 1868, ela conseguiu, depois de cuidadosos estudos feitos conjuntamente com alguns dos velhos discípulos de Kardec, fundar a “Sociedade Anônima do Espiritismo”.
Destinada à divulgação do Espiritismo por todos os meios permitidos pelas leis, a referida sociedade tinha, contudo, como fito principal, a continuação da “Revue Spirite”, a publicação das obras de Kardec e bem assim de todos os livros que tratassem do Espiritismo. Graças à visão, ao empenho e ao devotamento sem limites de Madame Allan Kardec, o Espiritismo cresceu a passos de gigante, não só na França, mas em todo o mundo.
Reencarnações de Allan Kardec (confirmadas pelos Espíritos)
- Reencarnação como ALLAN KARDEC, na Gália, hoje França, conforme revelação do Espírito Zéfiro e que se encontra no livro “Obras Póstumas – Minha iniciação no Espiritismo” e no livro “O que é o Espiritismo” de Henri Sausse, editado pela FEB.
- Quirílius Cornélius, centurião romano, em Jerusalém, Palestina, hoje, Israel. Essas informações se encontram na obra psicografada por uma médium de excepcionais recursos e, finalmente – o que é importantíssimo – editada sob a chancela da Federação Espírita Brasileira, em tradução de Manuel Quintão. Trata-se do livro Herculanum, do Conde J. W. Rochester.
- Reencarnação como Jan Huss, filósofo, reformador religioso, na Boêmia, hoje República Tcheca. A notícia dessa outra encarnação foi dada através da médium Ermance Dufaux, no ano de 1857. O registro do fato, que também se achava na livraria de Leymarie e foi copiado por Canuto Abreu, teve, com a invasão nazista, os originais destruídos. Divaldo Pereira Franco também já revelou este fato em seu acervo de palestras espíritas.
- Hippoliyte Léon Denizard Rivail, ocorrida em 03 de outubro de 1804.
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Como morreu Allan Kardec e onde fica o túmulo de Allan Kardec?
Kardec morreu em Paris, no dia 31 de março de 1869. Vitimado pela ruptura de um aneurisma, aos 65 anos, o professor Hippoliyte Léon Denizard Rivail cerrava os olhos no Plano Físico para despertar com as venturas do dever cumprido no Plano Espiritual. O corpo físico de Allan Kardec está sepultado no Cemitério Père-Lachaise, em Paris, ao lado de sua esposa, Amélie-Gabrielle Boudet (que desencarnou em 21 de janeiro de 1883).
Allan Kardec obtinha lucro com suas obras?
Allan Kardec custeou a primeira edição de “O Livro dos Espíritos”, cedeu os direitos de publicação às editoras e obtinha direitos autorais apenas simbólicos. Kardec apresentou à Sociedade de Estudos Espíritas, em 1862, o balanço financeiro das publicações que não chegavam “a grande coisa”. Por vezes tinha que comprar as obras “com desconto” para distribuí-las. Suas viagens, realizadas nos anos de 1860, 1861, 1862, 1864, 1866 e 1867, onde visitou núcleos de estudos Espíritas na França e em outros países, foram pagas com seus proventos, apesar de ter recebido muitas críticas inverídicas de que era um homem rico.
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Qual a ordem de leitura das obras de Allan Kardec?
Allan Kardec recomendou em “O Livro dos Médiuns” (Primeira parte – Noções preliminares > Capítulo III – Do método), um roteiro ou guia para o estudo da Doutrina Espírita:
Iniciando pelo “O que é o Espiritismo?” que contém sumária exposição dos princípios da Doutrina Espírita, e em seguida o “Livro dos Espíritos”, que contém a doutrina completa, como a ditaram os próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas consequências morais. É a revelação do destino do homem, a iniciação no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de além-túmulo. E os volumes seguintes, nesta ordem:
- “O que é o Espiritismo?”.
- “O Livro dos Espíritos”.
- “O Livro dos Médiuns”.
- “12 volumes | Revista Espírita”.
- “A Gênese”.
- “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
- “O Céu e o Inferno”.
Existe um museu sobre Allan Kardec ou sobre o Espiritismo?
Encontram-se em funcionamento, conforme pesquisa recente (maio/2020) na internet, os seguintes museus relacionados a Allan Kardec e ao Espiritismo:
Museu Nacional do Espiritismo (MUNESPI), localizado em Curitiba/PR
A instituição surgiu simultaneamente com a Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas. A proposta do Museu Nacional do Espiritismo é a de estar sempre aberto ao estudo científico de tudo o que se referir ao Espiritismo, no sentido de organizar, conservar, classificar, catalogar, restaurar e contextualizar o resultado do processo mediúnico. O acervo é composto por obras (produtos) resultantes do processo mediúnico, tais como fotografias, gravações em fitas magnéticas, psicopictografias, materializações, psicografias. Também fazem parte do acervo, documentos relativos à história do Movimento Espírita Brasileiro e seus principais médiuns.
Mais informações: https://munespi.com/
Roteiro Histórico Espírita em Paris
Uma viagem pelos pontos históricos relacionados ao Espiritismo, localizados na capital francesa, o berço da doutrina consoladora, em meados do século XIX. Apresenta os melhores locais onde Allan Kardec desenvolveu suas descobertas espíritas e a codificação da doutrina.
Fonte: http://www.luzespirita.org.br/index.php?lisPage=rhep
O Museu Espírita de São Paulo
Pertencente ao Instituto de Cultura Espírita do Estado de São Paulo (ICESP), organizado pelo Dr. Paulo Toledo Machado, a partir de um acervo reunido durantes décadas em local adequado e organizado para permitir sua preservação e análise. O Museu, localizado na Lapa, conta com uma excelente biblioteca, uma hemeroteca com acervo de jornais e publicações, e salas para conferências e apresentação do acervo principal. Em edifício anexo estão sendo preparadas a Pinacoteca, uma sala para projeção de filmes, arquivo histórico e sala de teatro. São ao todo três edifícios que fazem parte do Museu.
Mais informações: http://museuespirita.org/
MĚSTSKÉ MUZEUM NOVÁ PAKA (República Tcheca)
No sótão do edifício, você pode ver exposições de desenhos “mediúnicos” e outros artigos relacionados ao movimento espírita. A coleção desses desenhos no museu, que pertence ao estilo “l´Art brut”, é a maior da República Tcheca e também uma das maiores da Europa. A exposição também apresenta trabalhos da edição de Karel Sezemský, “Spirit Nová Paka”.
Mais informações: http://muzeum.cz/en/permanent-exhibitions/exhibition-of-spiritism/
6 Frases de Allan Kardec
- “Só é inabalável a fé que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade”.
- “Reconhece-se a qualidade dos Espíritos pela sua linguagem; a dos Espíritos verdadeiramente bons e superiores é sempre digna, nobre, lógica, isenta de contradições; respira a sabedoria, a benevolência, a modéstia e a moral mais pura; é concisa e sem palavras inúteis. Nos Espíritos inferiores, ignorantes, ou orgulhosos, o vazio das ideias é quase sempre compensado pela abundância de palavras. Todo pensamento evidentemente falso, toda máxima contrária à sã moral, todo conselho ridículo, toda expressão grosseira, trivial ou simplesmente frívola, enfim, toda marca de malevolência, de presunção ou de arrogância, são sinais incontestáveis de inferioridade num Espírito”.
- “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações”.
- “Pelo Espiritismo a humanidade deve entrar em uma nova fase, a do progresso moral, que é a sua consequência inevitável”.
- “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ela a aceitará”.
- “Melhorados os homens, não fornecerão ao mundo invisível senão bons espíritos; estes, encarnando-se, por sua vez só fornecerão à Humanidade corporal elementos aperfeiçoados. A Terra deixará, então, de ser um mundo expiatório e os homens não sofrerão mais as misérias decorrentes das suas imperfeições”.
Bibliografia
- WANTUIL, Zêus (Org.) – Allan Kardec: o educador e o codificador – 4ª ed. Brasília: FEB, 2019.
- Revista Espírita, maio /1869 – disponível no site da FEB, 2020.
- KARDEC, Allan – Obras Póstumas – Rio de Janeiro: FEB, 13/04/2005.
- KARDEC, Allan – Livro dos Espíritos – 93ª ed. Brasília: FEB, 2019.
- WANTUIL, Zêus, Grandes Espíritas do Brasil – 2ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1981 p. 51.