Você já se perguntou como é o céu e o que espera a humanidade lá?
Desde a infância, o conceito de céu nos é apresentado de inúmeras formas. Uns acreditam que é a morada de Deus, de onde Ele fica observando todas as coisas.
Já outros dizem que é o lugar para onde vão os desencarnados que foram bondosos na Terra.
De uma maneira ou de outra, pensar no que é o céu nos leva a inúmeras reflexões.
Você sabe o que é o céu, segundo a visão espírita?
É isso o que vamos explicar neste artigo. Continue a leitura!
Conceito de CÉU e INFERNO, segundo o Espiritismo
Para entender o conceito de céu e inferno segundo o Espiritismo, vamos acompanhar trechos do livro O céu e o inferno, escrito pelo codificador Allan Kardec:
“18. Nessa imensidade ilimitada, onde está o Céu? Em toda parte. Nenhum contorno lhe traça limites. Os mundos adiantados são as últimas estações do seu caminho, que as virtudes franqueiam e os vícios interditam.
Ante este quadro grandioso que povoa o universo, que dá a todas as coisas da Criação um fim e uma razão de ser, quanto é pequena e mesquinha a doutrina que circunscreve a humanidade a um ponto imperceptível do Espaço, que no-la mostra começando em dado instante para acabar igualmente com o mundo que a contém, não abrangendo mais que um minuto na eternidade!” (Capítulo III – O céu)
“2. Não podendo compreender senão o que vê, o homem primitivo naturalmente moldou o seu futuro pelo presente; para compreender outros tipos, além dos que tinha à vista, ser-lhe-ia preciso um desenvolvimento intelectual que só o tempo deveria completar.
Também o quadro por ele ideado sobre as penas futuras não é senão o reflexo dos males da humanidade, em mais vasta proporção, reunindo-lhe todas as torturas, suplícios e aflições que achou na Terra.
Nos climas abrasadores imaginou um inferno de fogo, e nas regiões boreais um inferno de gelo.
Não estando ainda desenvolvido o sentido que mais tarde o levaria a compreender o mundo espiritual, não podia conceber senão penas materiais; e assim, com pequenas diferenças de forma, os infernos de todas as religiões se assemelham.” (Capítulo IV – O inferno)
Aqui já podemos perceber que o céu segundo o Espiritismo é vasto e não se restringe ao pensamento materialista de um lugar físico específico, que seria destinado às “boas pessoas”.
Além disso, em contrapartida, também não há um lugar “no subsolo do mundo” destinado às “pessoas ruins”.
Concluímos que essas são apenas criações materialistas para tentar explicar o destino dos espíritos após seu desencarne.
Como é o “céu” segundo o Espiritismo?
O céu segundo o Espiritismo está mais relacionado ao estado de Espírito do que a um local propriamente dito.
Os Espíritos que trabalharam em sua reforma íntima e estão sintonizados em vibrações positivas, após o desencarne, são atraídos para os planos espirituais que se assemelham às suas virtudes.
Da mesma forma, os espíritos ainda necessitados de auxílio são direcionados para locais mais apropriados ao seu estilo de vida.
Logo, muitos podem compreender esses planos espirituais superiores como o céu e os planos espirituais inferiores como o inferno.
O que os Espíritos fazem no céu?
Os Espíritos comuns, quando chegam a outro plano espiritual, têm o objetivo de se recuperar da encarnação passada e se preparar para uma nova chance.
Já os espíritos superiores têm a tarefa de auxiliar esses outros seres, proporcionando ensinamentos e direcionando a programação reencarnatória (para os que conseguirem fazê-la).
Há muito trabalho no céu e esse labor é realizado a fim de aprimorar cada vez mais a evolução dos espíritos e dos mundos.
O que tem no céu?
O ambiente do céu se modifica conforme a vibração dos Espíritos.
O umbral, por exemplo, pode ser comparado à ideia de “inferno”, pois é um lugar destinado aos espíritos errantes e rebeldes.
Lá encontram-se seres com vibrações muito baixas, ainda sob as amarras das mazelas humanas.
Logo, é um ambiente hostil, sujo, mal cheiroso, violento e de muito sofrimento.
Isso significa que os ambientes que acolhem espíritos mais evoluídos são mais agradáveis, harmônicos e amorosos.
Vamos reconhecer as pessoas no céu?
Como vimos, após o desencarne, os Espíritos vão para planos espirituais compatíveis com sua vibração.
Todavia, é sim possível reconhecer as pessoas no céu.
Afinal, os seres que têm afinidade conosco, auxiliam-nos e buscam ter-nos por perto.
Da mesma forma, espíritos inimigos podem buscar represálias em planos espirituais inferiores.
O céu e o inferno existem?
De acordo com a Doutrina Espírita, o céu e o inferno não existem conforme as ideias materialistas disseminadas na Terra.
Além disso, não existe um lugar separado para um e para outro.
Afinal, os planos espirituais diferenciam-se por sua natureza vibracional e pela energia dos espíritos que neles habitam.
Logo, não se utiliza a nomenclatura céu e inferno, mas os lugares “bons” podem ser associados ao céu e os lugares “ruins” ao inferno.
O importante é compreender a diferença de significado desses termos no Espiritismo.
Os Anjos, segundo o Espiritismo
Os anjos, segundo o Espiritismo, são espíritos que alcançaram um grau muito elevado de evolução e tornaram-se puros.
Esses Espíritos recebem a missão de proteger outros seres que ainda trilham a jornada evolutiva.
Eles podem escolher as pessoas que vão ajudar de acordo com sua afinidade.
Cada ser encarnado, por exemplo, possui um mentor espiritual, um Espírito amigo que o acompanha durante sua encarnação para ajudá-lo no cumprimento de sua missão.
No entanto, os espíritos amigos estão em toda parte, disponíveis para nos inspirar e ajudar.
Origem da crença nos demônios
A crença nos demônios é presente em quase todas as doutrinas, desde os primórdios até as mais recentes.
Parece que sempre houve uma necessidade de existir uma força opositora a Deus, como no Cristianismo, ou apenas entidades capazes de inspirar atrocidades, como em outras crenças.
Para a humanidade, é muito difícil assumir suas mazelas.
Dessa forma, temos a tendência de buscar no extraordinário a explicação para as atrocidades que nós mesmos causamos.
Espíritos felizes e espíritos sofredores
Os Espíritos felizes são aqueles que buscaram a reforma íntima durante sua encarnação.
Logo após sua passagem, prosseguem em sua jornada evolutiva, em comunhão com os seres aos quais nutrem simpatia.
Nesse ambiente, podem não só trabalhar em busca do aprimoramento próprio, mas também auxiliando outras pessoas.
Já os espíritos sofredores são os rebeldes e endurecidos, que ainda guardam muito ódio e rancor em seus corações.
Eles acabam sendo atraídos para ambientes hostis e passando por duras situações até adquirirem esclarecimento suficiente para serem resgatados.
Expiações terrestres
A Terra é um mundo de provas e expiações.
Ela existe para abrigar espíritos rebeldes e dar a eles oportunidade de evolução, conforme sua conduta durante as vicissitudes da vida.
As expiações terrestres costumam ser bastante dolorosas e, por isso, o espírito consegue evoluir, compreendendo o erro cometido.
Infelizmente, há espíritos que passam muitas vezes pelo mundo de provas e expiações até alcançar a clareza necessária para seguir seu caminho.
Colônias espirituais
As colônias espirituais são lares temporários para os espíritos desencarnados.
Elas abrigam Espíritos com algum grau de evolução e se localizam na Terra, logo, assemelham-se muito com o que já conhecemos.
Nessas colônias, os Espíritos têm a possibilidade de recuperar-se e receber esclarecimentos e ensinamentos para que possam encarnar novamente.
No livro Nosso Lar, psicografado pelo médium Chico Xavier, o espírito André Luiz nos conta sua jornada pós-desencarne.
Abaixo, trailer do filme Nosso Lar:
Desde sua triste passagem pelas zonas umbralinas até seu acolhimento nas colônias espirituais e sua preparação para o trabalho no bem.
É um grande presente da espiritualidade essa oportunidade de regeneração, antes da possibilidade de reencarnar.
Com isso, é possível refletir sobre os atos passados e preparar-se para condutas mais edificantes no futuro.
O que acontece depois da morte
O que acontece depois da morte é um questionamento muito comum à humanidade ao longo de toda a história.
Para o Espiritismo, não existe a morte, mas sim uma passagem para outro plano espiritual.
Ao desencarnar, o espírito se desprende de seu corpo físico e parte para outro plano espiritual.
Lá, ele mantém sua singularidade, seus pensamentos, paixões e ideais.
Consequentemente, o Espírito encontra-se com outros Espíritos que possuam comportamento ético semelhante.
Isso pode significar sofrimento ou alegria, de acordo com a conduta moral do indivíduo.
Ou seja, é imprescindível que, enquanto encarnados, possamos cuidar de nosso interior e encarar os desafios com resignação e coragem.
Vídeos sobre o Céu e Inferno
Divaldo Franco palestra sobre O céu e o inferno – A Justiça Divina Segundo o Espiritismo:
O céu e o inferno na visão Espírita – Raul Teixeira nos apresenta o inferno e nos traz o céu:
Conclusão
Como pudemos notar, o céu segundo o Espiritismo não existe, pelo menos não da forma como costumamos nos referir.
Trata-se apenas de um estado de Espírito que proporciona a morada compatível ao nível evolutivo do ser desencarnado.
É interessante pensar nesse tema para avaliarmos a nossa conduta moral e agradecer pela oportunidade de estar em um mundo de provas e expiações.
Este artigo te surpreendeu? Como você pensava sobre céu e inferno antes de conhecer a visão espírita?
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