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Vampirismo na visão espírita: o que é? Tipos, causas e sintomas

Vampirismo Espiritual

O vampirismo na visão espírita nada tem a ver com personagens fictícios, tão comuns em filmes e séries.

Porém, no imaginário popular, a figura do Conde Drácula e de morcegos que se alimentam do sangue humano é o mais próximo do que a maioria das pessoas entende sobre o assunto.

No Espiritismo, o vampirismo é considerado um parasitismo psíquico, um tipo de obsessão mais comum do que a gente imagina.

Quer entender tudo a respeito do tema?

Então, acompanhe este conteúdo até o final e conheça os sintomas e causas do vampirismo.

Vampirismo na visão espírita: o que é? 

Vampirismo na visão espírita o que é? 

De forma resumida, o vampirismo é a prática utilizada por espíritos desencarnados para tirarem proveito de energias de outras pessoas – normalmente, espíritos encarnados.

Nesse tipo de obsessão, há dois atores principais:

  • O Espírito ocioso e aproveitador (vampirizador ou vampiro), que age ativamente
  • O Obsidiado devedor ou negligente (vampirizado), que atua de forma passiva.

Diferentemente das lendas que mostram o vampiro saindo da tumba durante a noite para sugar o sangue de quem encontrasse pelo caminho, o vampirismo espiritual pode ocorrer a qualquer hora do dia.

Além disso, a vítima tem um papel fundamental para atrair ou afastar esse tipo de espírito.

O vampirismo ocorre, principalmente, para satisfazer os vícios existentes no Espírito perturbador, antes do seu desencarne.

O que ocorre é que, mesmo após a morte do corpo físico, o espírito ainda pode sentir a necessidade de satisfazer desejos, como o uso das energias deletérias provenientes do tabaco e do álcool.

Então, esses espíritos obsessores se aproximam de pessoas que estejam utilizando essas substâncias para que possam vivenciar as sensações e os fluidos gerados pelo vício.

Importante dizer que a vítima também se satisfaz do vampirismo porque ela deseja a substância e o Espírito viciado e doente incentiva tais hábitos.

Conceito de vampirismo no Espiritismo

Conceito de vampirismo no Espiritismo

As obras básicas da Doutrina Espírita tratam o fenômeno como uma forma de obsessão.

Porém, a palavra “vampirismo” não é utilizada nos textos codificados por Allan Kardec.

Por isso, é importante saber de que maneira ocorre o processo obsessivo entre encarnados e desencarnados.

Isso também pode explicar o que é energia de vampirismo.

De acordo com o capítulo 23 de O Livro dos Médiuns, há três tipos de obsessão:

  • Obsessão simples: ocorre quando um espírito fica próximo a uma pessoa, causando mal-estar. Às vezes, aquele mau humor repentino, cansaço ou pensamentos negativos são resultado da influência de espíritos. Esse tipo de obsessão pode ser momentânea e o espírito se afastar em seguida
  • Fascinação: esta é um pouco mais grave, pois se trata de uma ilusão produzida diretamente na mente do obsidiado, que pode influenciar com ideias fixas, fantasias ou imagens hipnotizantes
  • Subjugação: ocorre quando o espírito obsessor consegue paralisar o obsidiado, que passa a não conseguir mais agir por conta própria. O vampirismo pode estar ligado a esse tipo mais grave de obsessão.

A partir dessa explicação, que nos serve como base para entender os diferentes processos de obsessão, podemos falar melhor sobre o vampirismo na visão espírita, assunto abordado em diversas obras.

As principais obras de que tratam o assunto são: “Missionários da Luz”, “Libertação” e “Nos Domínios da Mediunidade”, todos do autor espiritual André Luiz e psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier. Não deixe de estudar estas obras para aprofundar-se no assunto.

Vampirismo e espíritos obsessores

Para compreender melhor o que são espíritos vampiros, é preciso primeiro entender de que forma podemos atraí-los.

Quando uma pessoa tem bons hábitos e vigia o pensamento para manter vibrações positivas, certamente, não irá atrair espíritos obsessores.

Até porque o vampirismo tem relação direta com o nosso comportamento.

Os espíritos obsessores que se comportam como parasitas procuram pessoas com as quais possuam afinidade para que possam sugar a sua energia.

Eles precisam estar perto de um encarnado para sentir os fluidos materiais, já que não conseguem fazer isso por conta própria.

E quando encontram facilidade para essa prática, podem permanecer junto ao encarnado por bastante tempo.

Essa aproximação é maléfica, já que o vampiro pode influenciar mentalmente o obsidiado a tomar determinadas atitudes ruins apenas para satisfazer suas vontades e vícios.

Como se livrar de um vampiro espiritual?

Como se livrar de um vampiro espiritual?

Para se livrar de um vampiro espiritual, primeiro, é preciso ter ciência de que está sofrendo este tipo de obsessão.

Depois de identificar o problema, a mudança de hábitos é fundamental para que o espírito obsessor não encontre mais afinidade com a pessoa.

Assim, o vampiro espiritual pode perder o interesse, já que não encontra mais recursos para satisfazer as suas vontades.

A prece constante, a prática do Evangelho no Lar e tratamentos de desobsessão em um centro espírita de confiança são medidas importantes para interromper a vampirização.

3 causas do vampirismo no Espiritismo

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Para entender melhor o que é vampirismo e quais as suas causas, conheça algumas situações que provocam o fenômeno:

1. Vícios

O espírito desencarnado procura pessoas com as quais tenha afinidade e, assim, possa satisfazer vícios existentes antes do desencarne.

Por exemplo, quando uma pessoa é usuária de drogas, ela acaba por alimentar também o vício do espírito obsessor, que lhe suga as energias para saciar suas necessidades.

Inicia, então, o processo de vampirismo.

2. Vingança

O vampiro também é aquele espírito que se liga a encarnados por vingança e ódio.

Eles sugam as energias da vítima para que consigam dominá-la.

3. Não aceitação do desencarne

O vampirismo pode ocorrer entre pessoas que nutrem bons sentimentos uma pela outra.

Muitas vezes, espíritos que já se libertaram do corpo físico e ligam-se aos entes queridos encarnados também podem iniciar um processo de vampirização, mesmo que não tenham intenção de fazer o mal.

No Capítulo IV do livro “Missionários da Luz”, André Luiz recebe o esclarecimento sobre o fenômeno do Vampirismo dos instrutores espirituais:

“Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões.

E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lançamos em circulação nas correntes da vida.

A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma.

E, qual acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleça ambiente propício, entre companheiros do mesmo nível.

Naturalmente, no campo da matéria mais grosseira, essa lei funciona com violência, enquanto, entre nós, se desenvolve com as modificações naturais. Aliás, não pode ser de outro modo, mesmo porque você não ignora que muita gente cultiva a vocação para o abismo.

Cada viciação particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de vigilância e defesa. ”

Vampirismo espiritual: 3 sintomas

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Os vampiros de energia provocam sintomas que podem passar despercebidos em alguns casos.

Vamos falar sobre três deles.

1. Cansaço

Quando estamos sob influência de um vampiro, podemos nos sentir sem vontade de fazer as atividades do dia a dia, mesmo as mais simples.

Isso porque o obsessor é capaz de interferir nas nossas energias e no nosso equilíbrio emocional.

2. Ansiedade

Os vampiros agem para influenciar de maneira sutil ou reiteradamente a vítima para que ela satisfaça as suas necessidades. Tudo é uma questão de sintonia mental entre os Espíritos.

No caso daqueles que querem satisfazer seus vícios, eles induzem a pessoa a usar determinada substância.

É o que causa ansiedade e compulsão.

3. Ideias fixas

O vampirismo também provoca a transmissão de formas-pensamento entre o parasita e sua vítima.

Quando a pessoa está com ideias fixas, pensamentos negativos recorrentes ou algum comportamento obsessivo, deve prestar atenção.

Como o vampirismo é uma forma de sujeição, o obsessor pode estar acoplado psiquicamente  na mente do encarnado.

Vícios e vampirismo na visão espírita

Vícios e vampirismo na visão espírita

Qualquer tipo de vício é prejudicial à saúde, para a vida em família e ao convívio social.

As causas de vícios em substâncias ou em jogos, por exemplo, são variadas e encontram uma explicação até mesmo genética, como é o caso da dependência química.

Para a Doutrina Espírita, os vícios detonam um desequilíbrio moral, que pode ter origem em vidas passadas.

Os tratamentos médicos são fundamentais, mas uma pessoa viciada também deve ser orientada a procurar ajuda espiritual.

Isso porque, como explicamos, o vício de uma pessoa serve de alimento para espíritos desencarnados que ainda sentem as vontades que tinham quando viviam no plano físico.

A procura por satisfazer os vícios pode dar início ao processo de desequilíbrio psíquico e orgânico, podendo levar ao fenômeno obsessivo conhecido como vampirismo.

Algumas  vezes, o espírito que se torna um parasita pode não ter a intenção de fazer o mal ao obsidiado, mas sim satisfazer suas necessidades.

No entanto, o processo magnético entre o vampiro e a vítima torna-se prejudicial para ambos.

“Como o perispírito dos encarnados é de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. (…) Se as emanações são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão saudável; se são más, a impressão é penosa. Se elas são permanentes e enérgicas, as emanações más podem ocasionar desordens físicas; esta é a causa de certas enfermidades”. (A Gênese – Capítulo XIV)

Como tratar e prevenir o vampirismo espírita?

Como tratar e prevenir o vampirismo espírita?

Há como curar o vampirismo espiritual? Quem sabe até prevenir os casos?

Sim, é possível.

A literatura espírita explica que, muitas vezes, o espírito obsessor pode se afastar por conta própria, quando não mais encontra meios de se alimentar das energias da pessoa que escolheu para esse fim.

Entretanto, em processos mais complexos de parasitismo, é preciso um tratamento espiritual mais profundo. Como a utilização de reuniões de esclarecimento dos obsessores chamada de “Reunião de Desobsessão”.

Aplicação de passes e palestras de desobsessão são formas eficazes para interromper o vampirismo espiritual.

Mas essa cura inicia de dentro para fora: mudança de hábitos, prece e Evangelho no Lar são fundamentais para que qualquer tratamento possa dar certo.

Entre os espíritos desencarnados, podemos encontrar todo o tipo de vícios e necessidades que eles procuram satisfazer no plano material.

Por isso, para prevenir o vampirismo espiritual, ou seja, evitar afinidade com esse tipo de obsessor, é preciso manter uma rotina saudável, com boa alimentação e sem excessos.

Além, claro, de vigiar os pensamentos.

Conclusão

Este conteúdo mostrou que os vampiros existem, mas não da forma como são mostrados na tela do cinema.

O vampirismo espiritual é pouco comum mas  pode acontecer tanto de uma forma mais branda (Obsessão Simples), ao longo do dia, como pode se transformar em uma obsessão grave (Fascinação ou Subjugação).

Porém, não podemos culpar apenas os espíritos parasitas.

Se eles chegam até nós, é porque, de alguma forma, permitimos.

Por isso, temos que levar ao pé da letra quando nosso Jesus diz: “Orai e vigiai”.

E você, o que pensa a respeito do vampirismo?

Quer sugerir outro tema? Envie para a nossa equipe pelo formulário de contato.

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